Em meio a dúvida sobre Braskem, Petrobras aposta em polo no RJ para avançar no petroquímico
Diretor relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite foi questionado sobre se a Braskem é a "única saída" para a Petrobras avançar no setor. "De fato não é", respondeu
O diretor executivo de relacionamento com investidores da Petrobras, Sergio Caetano Leite, afirmou em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (10) que a empresa aposta no projeto do Polo GasLub Itaboraí, localizado no Rio de Janeiro, para avançar no setor petroquímico.
Caetano respondia questionamento sobre se a Braskem é a “única saída” para a Petrobras avançar no setor. “De fato não é”, respondeu.
“Nós temos um projeto que pretendemos retomar, que é o GasLub. É um grande polo petroquímico em si só, com diversas possibilidades de produção dos subprodutos petroquímicos”, disse.
Polo GasLub é nome do repaginado Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo divulgações da empresa, novas soluções estão sendo avaliadas para o local.
Ainda de acordo com o diretor, o avanço tecnológico que permite refinarias se aproximarem de petroquímicas também expande o horizonte. “A Braskem não é a única, temos possibilidades orgânicas dentro da própria companhia”, disse.
Sobre a Braskem, Caetano reiterou a participação da Petrobras nas ações e sua preferência para compra. Segundo o diretor, porém, a empresa não se posicionou para vender ou comprar ativos — apenas estuda o mercado.
Ainda não há “proposta firme” pela empresa do ramo petroquímico, segundo Caetano. Mas, a fim de se adiantar ao processo, ele indicou que a Petrobras está realizando um valuation da Braskem.
“Na hora correta, por meio da governança, vai decidir [o movimento da Petrobras]”, disse.
Plano Estratégico e transição energética
De acordo com o diretor, o Plano Estratégico 2024-2028 ainda não foi finalizado. Indicou que informações acerca de seu conteúdo só serão divulgados quando da sua conclusão.
Questionado sobre os valores voltados a transição energética, confirmou que projetos de baixo carbono vão representar entre 6% e 15% dos investimentos totais da empresa.