Em carta à OCDE, Bolsonaro cita compromissos ambientais e fim da pobreza
Em carta endereçada ao secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, presidente disse que o Brasil está pronto para iniciar o processo de acessão à entidade
O presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), por meio de uma carta divulgada nesta quarta-feira (26), pela abertura de discussões com o Brasil sobre a acessão do país à entidade.
Endereçado ao secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, o documento diz que o Brasil apoia o crescimento econômico sustentável e digital, o fim da pobreza e que possui práticas relacionadas à preservação da área ambiental do país.
“Sem qualquer hesitação, posso garantir que o Brasil está pronto para iniciar o processo de acessão à OCDE, conforme solicitado em abril de 2017”, disse na carta Bolsonaro.
“Não resta dúvida de que o Brasil compartilha o objetivo da OCDE de apoiar o crescimento econômico sustentável, acabar com a pobreza e não deixar ninguém para trás, bem como proteger nosso meio ambiente e melhorar a vida e as perspectivas de todos, dentro e fora da OCDE, conforme descrito na Convenção da OCDE”, informou.
O presidente destacou as reformas econômicas e o investimento em infraestrutura, e declarou que o país está próximo de cumprir as regras para liberalização de capital que a entidade internacional exige.
“Já aderimos a 103 dos 251 instrumentos da OCDE, realizamos inúmeras revisões por pares e estamos próximos da conclusão do processo de adesão aos Códigos de Liberalização”.
Bolsonaro disse ao secretário-geral que o Brasil tem demonstrado “consistentemente nosso compromisso com as metas do Acordo de Paris”, e citou a COP26 ao ressaltar a meta firmada de zerar emissões líquidas globais de gases de efeito estufa até 2050, assim como outras nações.
“O Brasil está comprometido a adotar e implementar plenamente políticas públicas alinhadas com seus objetivos climáticos, tomando ações efetivas para implementar esse objetivo”, afirmou, em carta, o presidente.
Ele citou um trecho da Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, que reforça a necessidade de “trabalhar coletivamente para deter e reverter a perda florestal e a degradação da terra até 2030, entregando desenvolvimento e promoção de uma transformação rural inclusiva”.
O texto assinado pelo presidente brasileiro também ressalta o respeito ao Estado de Direito, aos direitos humanos e evidencia o livro comércio como questões de convergência mútua entre o Brasil e a OCDE.