Em audiência no Senado, Durigan reforça taxação de super ricos para enfrentar mudanças climáticas
Número dois da Fazenda esteve em audiência pública no Senado Federal para debater sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul
O secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reforçou a tributação de super ricos para financiar, do ponto de vista global, as respostas às mudanças climáticas, à fome e aos desalojados climáticos.
O número dois da pasta esteve em audiência pública no Senado Federal para debater sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul e as mudanças climáticas nesta segunda-feira (27).
“É preciso olhar tanto para a nossa discussão no G20, de tributação dos mais ricos, para poder financiar, do ponto de vista global, a resposta às mudanças climáticas, à fome, aos desalojados climáticos, é preciso olhar para o Brasil, a gente está vivendo essa realidade. É preciso olhar de frente para o problema e dar as respostas que estão nas nossas mãos”, disse.
“Então, dentro do nosso programa mais estratégico de transformação ecológica, que é um programa de desenvolvimento econômico para isso, tem uma frente que vai lidar com prevenção, que vai lidar com resposta, à altura do que a nova realidade nos demanda”, frisou.
Durante a sessão, Durigan também pontuou as respostas emergenciais que o governo federal e o Ministério da Fazenda deram ao Rio Grande do Sul com relação ao desastre climático que provocou enchentes no estado e matou cerca de 167 pessoas, além de deixar mais de duas milhões de pessoas desabrigadas.
O secretário apontou que para resolver o problema é preciso olhar a situação no longo prazo, com um plano de desenvolvimento sustentável.
Ele citou o Plano de Transformação Ecológica, que vem sendo desenvolvido pela equipe econômica antes da situação no RS, como uma visão estratégica do problema que o país enfrenta.
“O mundo mudou, a gente precisa olhar para o mundo com outro cuidado e com uma outra visão estratégica. As nossas finanças hoje têm que ter um olhar especial para a sustentabilidade […]. Internalizar essas externalidades que nunca foram consideradas é um passo importante. Trabalhar com outras diretrizes de finanças públicas faz com que a gente vá do ponto de vista da normalidade institucional, da execução do Plano Safra, da execução do orçamento público, internalizando as preocupações e gerando os efeitos de prevenção”, destacou.