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    Eletrobras autoriza integralização da Santo Antônio Energia após alta de capital

    Controladora de usina hidrelétrica de mesmo nome no Rio Madeira (RO), Santo Antônio Energia deve realizar aumento de capital de cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim de maio

    da Reuters

    O conselho de administração da Eletrobras aprovou a integralização, por sua subsidiária Furnas, da totalidade das ações da Madeira Energia — controladora da Santo Antônio Energia — que eventualmente sobrarem após um aumento de capital que pode não ser acompanhado pelos demais sócios no empreendimento.

    A Santo Antônio Energia, que controla uma usina hidrelétrica de mesmo nome no Rio Madeira (RO), deve realizar um aumento de capital de cerca de R$ 1,5 bilhão até o fim deste mês para fazer frente a uma decisão arbitral desfavorável.

    No entanto, sócios da empresa podem não acompanhar a operação — a Cemig, por exemplo, já declarou ao mercado que não fará o aporte correspondente à sua participação de 8,53% na Madeira Energia.

    Além de Cemig e Furnas — que detém a maior fatia do capital da Madeira Energia, com 43,06% —, são acionistas na empresa a Novonor (antiga Odebrecht, com 18,25%), Caixa FIP Amazônia Energia (19,63%) e SAAG (veículo da Andrade Gutierrez, com 10,53%).

    Segundo comunicado da Eletrobras divulgado na última quinta-feira (26), titulares de debêntures de Furnas terão que aprovar a realização do aumento de capital na Madeira Energia. Uma assembleia de debenturistas foi marcada para 30 de maio.

    Caso não obtenha essa aprovação, a Eletrobras alertou que a dívida representada pelas debêntures deverá ser declarada antecipadamente vencida, “o que poderá causar um efeito adverso relevante em Furnas e na Companhia em decorrência de inadimplemento ou vencimento antecipado cruzado (cross acceleration ou crossdefault) de suas dívidas”.

    Neste mês, o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, comentou que a empresa estava analisando “todos os cenários” em relação à Santo Antônio Energia, “inclusive o de que outros sócios não façam o aporte”.

    “Não saberíamos quantificar o que aconteceria no eventual pior cenário, mas eventualmente teria que fazer uma negociação com credores”, disse Limp na ocasião, acrescentando que não via impacto dessa operação de Santo Antônio sobre a capitalização da companhia.

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