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    Ecorodovias arremata sistema Rio-Valadares com previsão de R$ 11,3 bi em investimentos

    Com proposta única, leilão não teve valor de outorga; outros R$ 9,8 bilhões estão previstos para despesas operacionais

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business , em São Paulo

    A Ecorodovias arrematou o sistema rodoviário formado pela BR-116/493/465/RJ/MG, que liga a cidade do Rio de Janeiro (RJ) a Governador Valadares (MG) em leilão realizado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) nesta sexta-feira (20) na B3, em São Paulo.

    A empresa foi a única proponente do leilão, com proposta de desconto sobre a tarifa básica de pedágio de 3,11%. Sem concorrentes, não teve valor de outorga, conforme estipulado no edital.

    O investimento previsto é de R$ 11,3 bilhões ao longo dos 30 anos de duração do contrato da nova administradora no projeto. Outros R$ 9,8 bilhões estão previstos para despesas operacionais (OPEX), entendidas como o somatório dos custos operacionais, despesas obrigatórias e o conjunto de seguros e garantias. A concessão também deve gerar mais de 150 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda.

    Segundo o Ministério da Infraestrutura, a região é considerada estratégica pela extensão de 726,9 quilômetros e pelo volume de tráfego. Trata da única rota, a partir da capital fluminense, disponível para contornar a Baía de Guanabara, permitindo o acesso à região dos Lagos, ao Norte do estado do Rio de Janeiro, e às regiões Norte e Nordeste do país.

    A Rio-Valadares atravessa 37 municípios em toda a sua extensão, sendo 22 em Minas Gerais e 15 no Rio de Janeiro.

    Novidades

    As tarifas de pedágio serão reduzidas de forma progressiva de acordo com a modelagem adotada para o novo contrato, que também estabelece a adoção do sistema chamado free flow, de fluxo livre de passagem, com cobrança por trecho percorrido, na Região Metropolitana do RJ a partir do sexto ano de vigência.

    O Ministério da Infraestrutura também anunciou que o projeto conta com 303, 2 quilômetros de duplicações e 255,2 quilômetros de faixas adicionais.

    Além disso, foi determinado outros 7,7 quilômetros de ampliação da capacidade na Serra de Teresópolis (RJ), com o objetivo de “promover mais segurança, fluidez e um menor impacto ambiental na região”, segundo a pasta.

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