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    ‘Economia e pandemia estão se dando melhor’, diz economista sobre PIB do 1º tri

    Em entrevista à CNN, Gesner Oliveira destacou o isolamento menor e o desempenho de setores como o agropecuário; PIB cresceu 1,2% e surpreendeu as projeções

    Da CNN, em São Paulo*

    Uma melhor adaptação das empresas e pessoas aos cuidados de saúde e ao vaivém de medidas de isolamento foi um dos principais fatores que ajudaram a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre e, sobretudo, fazer com que o resultado se saísse bem acima do que a grande maioria dos economistas chegou a prever. 

    É o que destacou o economista Gesner Oliveira, sócio da consultoria GO Associados e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), em entrevista à CNN neste sábado (15). 

    “A verdade é que as projeções erraram ao não considerar dois fatores importantes: o  primeiro deles é a adaptação das cadeias produtivas à pandemia. Economia e pandemia começaram a se dar melhor. Obviamente a pandemia compromete muito o crescimento, mas muitas cadeias produtivas conseguem continuar operando mesmo com as restrições”, disse Oliveira. 

    “O outro fator importante é que as restrições não foram tão fortes quanto os nomes sugeriram. Por diversas razões, a restrição à circulação das pessoas não foi tão severa e, consequentemente, a economia se recuperou.”

    O economista Gesner Oliveira (05.Jun.2021)
    O economista Gesner Oliveira (05.Jun.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Divulgado no início desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do primeiro trimestre apontou um crescimento de 1,2%, o que fez com o que o nível da riqueza do país voltasse aos patamares pré-pandemia. As projeções de mercado falavam em uma alta, na média, de 0,7%. 

    Oliveira destacou a importância no avanço das vacinações para sustentar não só esse ritmo de crescimento nos próximos meses como, também, as projeções em alta dos economistas para o PIB do ano. Com os dados melhores do primeiro trimestre, muitos já falam em um crescimento superior a 4% e, alguns, de até 5%. 

    “O impacto [da vacinação] é realmente fenomenal. Vimos nos Estados Unidos, que foi um show de horrores no ano passado, mas, ao mesmo tempo, deu um show em investimentos em vacinação. Isso tem um efeito sobre a economia muito forte”, disse ele. 

    “Nos investimentos, gera expectativas muito positivas (…). Mesmo com as restrições que temos, com a enorme pobreza, haveria uma reação no consumo, ao lado de uma reação positiva nos investimentos produtivos. Essas forças, somadas à demandas externa e o estímulo das exportações, dariam um potencial de crescimento muito grande.”

    *Com texto de Juliana Elias

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