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    Economia do Japão cresce 0,1% no 4º trimestre e evita recessão por pouco

    Inflação recorde e desaceleração do crescimento global em meio a amplo aperto monetário prejudicaram retomada pós-pandemia da terceira maior economia do mundo

    Por Kantaro Komiya e Eimi Yamamitsu, da Reuters

    A economia do Japão evitou por pouco uma recessão nos meses finais de 2022 ao registrar leve crescimento diante de um consumo frágil e depois de encolher no terceiro trimestre, mostraram dados revisados, ressaltando o desafio para as autoridades que tentam ampliar a recuperação.

    A inflação alta recorde e a desaceleração do crescimento global em meio ao amplo aperto monetário em muitos países prejudicaram a retomada pós-pandemia da terceira maior economia do mundo, apesar do relaxamento das restrições contra a Covid, subsídios de energia e política monetária ultrafrouxa.

    As empresas, sob pressão do governo para aumentar os salários para elevar o consumo das famílias, estão lutando para seguir em frente diante da demanda fraca em um momento crucial de negociações trabalhistas.

    O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,1% entre outubro e dezembro em dados anualizados, contra uma estimativa preliminar de expansão de 0,6% e muito abaixo da previsão de economistas de um aumento de 0,8% em pesquisa da Reuters.

    No terceiro trimestre, a economia havia encolhido 1,1%, em dado revisado.

    A expansão se traduz em uma variação trimestral quase estável de 0,02%, mostraram dados divulgados pelo Escritório do Gabinete, contra uma leitura preliminar e estimativa dos economistas de crescimento de 0,2%.

    “Houve uma recuperação menos forte nos serviços (gastos), enquanto o aumento da inflação provavelmente também reduziu o consumo”, disse Wakaba Kobayashi, economista do Instituto de Pesquisa Daiwa.

    O consumo privado, que representa mais da metade do PIB do país, cresceu 0,3%, mostraram os dados, contra estimativa inicial de aumento de 0,5%.

    Os gastos com serviços como restaurantes e hotéis, bem como bens, foram menos sólidos do que o estimado anteriormente, mostraram os dados.

    Os gastos de capital caíram 0,5%, inalterados em relação à estimativa preliminar e em comparação com expectativa do mercado de contração de 0,4%, mesmo com dados do Ministério das Finanças na semana passada mostrando um aumento na capacidade de produção dos fabricantes no quarto trimestre.

    A demanda doméstica como um todo tirou 0,3 ponto percentual do crescimento revisado do PIB, um pouco mais do que inicialmente estimado, enquanto as exportações líquidas adicionaram 0,4 ponto percentual.

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