É provável que Tesouro não consiga cumprir obrigações sem alta do teto da dívida até junho, diz Yellen
Em uma carta endereçada aos líderes parlamentares, dirigente do Tesouro dos EUA apontou que estimativas são baseadas em dados atualmente disponíveis
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou nesta segunda-feira (22), que o organismo estima que é “altamente provável” que o Tesouro não consiga mais cumprir todas as obrigações do governo se o Congresso não agir para aumentar ou suspender o limite da dívida até o início de junho e, potencialmente, já em 1º de junho.
Em uma carta endereçada aos líderes parlamentares, em especial ao presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, a dirigente apontou que essas estimativas são baseadas em dados atualmente disponíveis.
“Aprendemos com os impasses anteriores sobre limites de endividamento que esperar até o último minuto para suspender ou aumentar o limite de endividamento pode causar sérios danos à confiança de empresas e consumidores, aumentar os custos de empréstimos de curto prazo para os contribuintes e impactar negativamente a classificação de crédito dos Estados Unidos“, afirmou Yellen.
“De fato, já vimos os custos de captação do Tesouro aumentarem substancialmente para os títulos com vencimento no início de junho. Se o Congresso não aumentar o limite da dívida, isso causaria graves dificuldades às famílias americanas, prejudicaria nossa posição de liderança global e levantaria questões sobre nossa capacidade de defender nossos interesses de segurança nacional”, apontou.
“Continuo a instar o Congresso a proteger a plena fé e o crédito dos Estados Unidos, agindo o mais rápido possível”, concluiu.
A carta reafirmou o prazo que a secretária havia citado em um documento anterior, publicado na semana passada.
A publicação desta segunda foi feita pouco antes do aguardado encontro entre McCarthy e o presidente Joe Biden, marcado para 18h30 (horário de Brasília).