“É inadmissível que não possamos conhecer nossas potencialidades minerais”, diz ministro sobre Foz do Amazonas
Ibama negou licença à Petrobrás para perfurações na região na última semana, mas a estatal deve enviar novo pedido
O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, disse em sessão no Senado Federal nesta quarta-feira (24) que é “inadmissível” o Brasil não poder explorar suas potencialidades minerais. Ele comentava imbróglio sobre perfurações na Foz do Amazonas.
“É inadmissível, na minha modesta ótica, que nós não possamos conhecer as potencialidades minerais do pais. Quando se fala em transição energética, não há como dissociar da mineração, principalmente dos minerais críticos e das terras raras”, disse.
Silveira disse ainda ter telefonado para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostino, para tratar da questão. O órgão negou licença à Petrobrás para perfurações na região na última semana, mas a estatal deve enviar novo pedido.
“Tomei a liberdade de ligar e falar da importância de ele sinergizar a decisão final dele ou estudar a possibilidade de, ao invés de o caminho ser a negativa, ser as condicionantes necessárias que superemos essas questões”, disse.
Em sua fala, o ministro ainda disse que o parecer do Ibama não traz “questões intransponíveis” — exceto caso seja de fato necessário discutir a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS). Ele pediu “bom senso” para análise deste último tópico.
O ministro ainda afirmou que a perfuração do Margem Equatorial pode ser a “última grande fronteira” da exploração destes minerais fósseis no Brasil.
“Nós estamos discutindo, se a gente encontrar petróleo e gás ali, para que a gente atravesse o ‘Rubicão’ da transição. Nós estamos discutindo talvez a última grande fronteira da exploração desses minerais fósseis no Brasil”, indicou.
A Petrobras anunciou na manhã desta quarta-feira (24) que deve protocolar, ainda nesta semana, um pedido ao Ibama para que o órgão reconsidere a decisão de indeferimento da licença ambiental.
