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    Durigan defende discutir gasto público mas sem “abrir fissura política”

    De acordo com secretário, melhor forma de garantir investimentos e atrair investidores no país é fazendo a ancoragem fiscal, que “tem sido feita as duríssimas penas”

    Fotos: Diogo Zacarias

    Cristiane Nobertoda CNN

    Brasília

    O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, defendeu nesta quarta-feira (15) o início do debate sobre o gasto público. Segundo ele, o gasto precisa ser “otimizado” e é necessário “pensar no próximo passo” em relação ao tema, mas com cuidado para que não “destampe a polarização no país”.

    “O que a gente não quer é abrir uma fissura política na discussão de gasto. É preciso fazer o corte de gasto, é preciso rever as bases de dados dos programas para que a gente dê os benefícios para quem é devido. É preciso seguir revendo os gastos tributários para que a gente tenha foco no atendimento da população”, disse em participação no Summit Valor Econômico Brazil-USA, em Nova York.

    De acordo com Durigan, a melhor forma de garantir investimentos e atrair investidores no país é fazendo a ancoragem fiscal, que “tem sido feita as duríssimas penas”, além de permitir a discussão de gastos.

    O secretário pontuou que o teto de gastos, antiga regra fiscal, tinha uma “trava” na despesa, mas não na receita. “Então os benefícios sociais foram sendo consumidos. […] Não teve aumento de despesa, mas teve um aumento muito grande e fora de controle em relação ao gasto tributário, ao benefício tributário”, disse.

    Assim, segundo Durigan, o governo fez um “trabalho hercúleo” no ano passado para determinar as renúncias fiscais. De acordo com ele, com as revisões, está sendo possível realizar uma “recomposição fiscal” que vai permitir ao Brasil “pagar a PEC da transição”.

    “[O país] vai recompor o seu orçamento e vai conseguir, com isso, garantir investimento e atrair investidores, fazendo essa ancoragem fiscal”, pontuou.