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    Dólar tem segundo dia de queda forte e fecha cotado a R$ 5,58

    No último pregão, o dólar negociado no mercado interbancário fechou em queda de 1,23%, a R$ 5,6902 reais na venda

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar teve nesta quinta-feira (21) o segundo dia seguida de queda e fechou abaixo dos R$ 5,60 pela primeira vez em mais de duas semanas, desde 5 de maio. O dólar comercial encerrou o dia em baixa de 1,89%, a R$ 5,582 na venda. Na véspera, amoeda havia caído 1,23%, a R$ 5,690.

    A forte queda na cotação reflete a reação dos investidores a comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a intervenção do BC nos mercados. Na tarde de quarta-feira (20), Campos Neto afirmou que a autarquia tem espaço amplo para a venda de reservas internacionais e poderá aumentar sua atuação no câmbio se considerar necessário.

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    Segundo analistas, a sinalização do BC audou a pressionar a moeda norte-americana, que havia sido negociada em alta nos primeiros minutos após a abertura diante de menor apetite por risco no exterior.

    “A declaração do Campos Neto mencionou que o Banco Central tem instrumentos pra atuar de maneira mais pesada na moeda”, explicou Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, dizendo que o BC pode evitar uma dinâmica excessivamente negativa do real.

    Mas, segundo Serrano, a atuação da instituição daqui para frente “depende muito da dinâmica de mercado. O BC tem atuado de maneira clara: só intervém quando há movimentos exagerados”.

    Em meio a cenário de juros baixos, incertezas econômicas e tensões políticas domésticas, o dólar acumula alta de quase 40% contra o real no ano de 2020, e chegou a ficar a poucos centavos de superar R$ 6 na semana passada. O BC fez intervenções pontuais nos mercados diante desse ambiente, mas alguns analistas dizem que foram medidas muito limitadas.

    Embora o foco continuasse no BC, os investidores também estavam atentos aos novos desdobramentos na retórica entre Estados Unidos e China e a dados que mostraram nova alta nos pedidos de auxílio-desemprego na maior economia do mundo.

    No Brasil, a política segue sob os holofotes à medida que os mercados esperam a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a divulgação de vídeo de reunião que poderia comprometer o presidente Jair Bolsonaro, num momento em que a impopularidade do governo está em máximas recordes.

    *Com Reuters

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