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    Após sessão volátil, dólar encerra o dia em alta, a R$ 5,76

    Moeda americana encerrou o dia perto das máximas e na contramão dos mercados globais de câmbio

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar fechou em alta contra o real nesta terça-feira (19), perto das máximas do dia e na contramão dos mercados globais de câmbio. Os investidores recompuseram suas posições um dia após a cotação sofrer a maior queda do mês, caindo 2%. 

    O dólar terminou o dia em alta de 0,67%, a R$ 5,7609 na venda. 

    Ao longo da sessão, a cotação oscilou entre queda de 0,69% (para R$ 5,683) e valorização de 0,75% (a R$ 5,7653).

    Expectativas cada vez piores para a economia, a perspectiva de juros nas mínimas históricas e a falta de visibilidade para a volta dos debates sobre reformas econômicas mantêm o real pressionado.

    O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta terça-feira que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano pode ser maior que 5%.

    O Goldman Sachs também revisou para queda de 7,4% a sua estimativa para o desempenho da economia brasileira neste ano (frente a -4,6% antes) e citou que o aumento de preocupações de ordem política e fiscal deve agravar a recessão.

    “Além disso, o governo federal e as autoridades locais continuam discordando quanto ao escopo e à intensidade das medidas para lidar com a crise da saúde pública. Nesta fase, não está claro quando a curva viral atingirá o pico”, disse o banco, acrescentando que o Brasil é um dos epicentros globais da Covid-19.

    No fim da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que, sem dúvida, o Brasil está tendo problemas com o coronavírus e que está considerando impor restrição de viagens a passageiros do país.

    O menor apelo do real foi evidenciado em pesquisa do Bank of America com gestores. A fatia dos que acreditam que a moeda brasileira terá desempenho melhor nos próximos seis meses caiu para 19% na sondagem deste mês, ante 46% na do mês passado. Uma parcela de 60% vê a economia retraindo mais de 5% neste ano.

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    Mercados vão operar no feriado

    No cenário interno, o mercado começou o dia alvoroçado com incertezas sobre se haveria negociações na B3 nos próximos dias, devido à antecipação de feriados na cidade de São Paulo.

    Ao longo da sessão, as instituições e o Banco Central divulgaram notas separadamente mas, no fim, ficou confirmado que os principais bancos brasileiros e a B3 funcionarão normalmente nesta semana.  

    “E a montanha pariu um rato. Depois da megalambança… tudo continua igual”, disse no Twitter Sergio Machado, gestor na Trópico Latin America Investments.

    Investidores acompanharam ainda depoimento do chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, e do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, a um comitê do Senado norte-americano, mas houve pouca reação nos preços dos ativos financeiros.

    *Com Reuters

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