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    Dólar sobe pela sétima semana, fecha a R$ 5,326 e bate novo recorde

    O dólar teve nesta sexta-feira o seu sexto dia seguido de altas e renovou, mais uma vez, o seu recorde histórico, fechando acima de R$ 5,30 pela primeira vez desde o início do Plano Real, em 1994. A moeda fechou em alta de 1,14%, valendo R$ 5,326. Na semana, o aumento acumulado é de 4,3%, o que faz desta a sétima semana seguida em que a taxa de câmbio sobe. No 2020, o dólar dispara 32,72%.

    Apesar do valor inédito, o recorde do dólar é apenas nominal, isto é, não leva em consideração os efeitos da inflação – neste caso, o recorde real teria sido em setembro de 2002, quanto a moeda bateu os R$ 7,56 em valores atualizados para os preços de hoje. Por esses parâmetros, a cotação atual, acima dos R$ 5, configura o pior momento do dólar ante o real desde 2004. 

    A disparada contínua da moeda acompanha o clima de temor e cautela no exterior, enquanto investidores e governos tentam ainda compreender os impactos da epidemia de coronavírus e as possíveis portas de saída.

    Os casos globais de coronavírus ultrapassaram 1 milhão na quinta-feira, com mais de 52 mil mortes, uma vez que a pandemia explodiu nos Estados Unidos e o número de mortos avançou na Espanha e na Itália, de acordo com dados da agência Reuters.

    Nos Estados Unidos, novos números do mercado de trabalho continuaram assustando: o Departamento do Trabalho do país divulgou nesta sexta disse que os empregadores do país cortaram 701 mil empregos no mês passado, depois de criarem 275 mil postos de trabalho em fevereiro. A taxa de desemprego disparou de 3,5% para 4,4%.

    Entre analistas, não há expectativa de melhora do cenário tão cedo, o que pode continuar pressiondo divisas emergentes, incluindo o real.

    Em nota, a Infinity Asset disse que “o problema continua a ser a ausência de um espectro temporal, pois a restrição à demanda pela paralisação se une ao temor pela perda de emprego e renda, os quais se convertem em adicionais restrições à demanda, piorando a atividade econômica como um todo”.

    “O quanto mais avançar tal cenário, mais se aprofundará a recessão e mais difícil será sua saída. Tal discussão só conseguirá ganhar corpo nas próximas semanas, com a possível redução do pico de casos nos EUA e Europa.”

    *Com Reuters

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