Dólar sobe 0,6%, a R$ 5,35, em meio a expectativas sobre melhora da economia
Dados positivos sobre mercado de trabalho dos EUA e avanço de pesquisas com vacina para a Covid-19 melhoram humor de mercado global
O dólar fechou esta quinta-feira (2) em alta de 0,6%, cotado a R$ 5,35 na venda, após uma sessão em que se alternou entre o campo positivo e o negativo.
As oscilações vieram em um dia de otimismo no exterior, com os investidores esperançosos sobre uma recuperação econômica global e o progresso no desenvolvimento de um vacina contra a Covid-19.
Dados melhor do que esperado sobre o mercado de trabalho norte-americano injetaram algum ânimo no mercado. A criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola dos EUA, que chegou a 4,8 milhões em junho, o maior salto desde que o governo começou a manter registros, em 1939. O número ficou acima da expectativa de ganho de 3 milhões de vagas em pesquisa com analistas feita pela agência de notícias Reuters.
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No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou uma alta de 7% na produção industrial do país em maio quando comparada ao mês de abril. O avanço, porém, ainda não é suficiente para reverter a queda acumulada de 26,3% registrada nos dois meses anteriores.
Enquanto isso, notícias de que uma vacina está sendo testada pela Pfizer e pela BioNTech foi bem tolerada em testes iniciais com humanos ajudavam a manter o bom humor.
Ainda assim, os riscos para o lado negativo se mantêm. Temores sobre uma segunda onda de infecções por Covid-19 continuam no radar dos investidores, assim como as tensões entre Estados Unidos e China.
“É importante destacar que em meio a todo o otimismo observado, a cautela ainda é necessária”, disse a Infinity Asset em nota, destacando possíveis frustações com os testes da vacina e “uma contaminação psicológica dos analistas dos dados mais recentes de atividade econômica”.
O dólar ainda acumula ganho de cerca de 33% contra o real no ano de 2020, apesar de ter perdido terreno desde que ficou a poucos centavos de tocar R$ 6, em maio. Juros baixos e incertezas políticas e econômicas locais continuam sendo fatores de pressão para a moeda brasileira.
*Com Reuters
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