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    Dívida pública federal cai 0,4% em agosto, diz Tesouro

    No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 0,42%, a R$ 5,536 trilhões

    Reuters

    A dívida pública federal do Brasil caiu 0,4% em agosto sobre julho, a R$ 5,781 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28).

    No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 0,42%, a R$ 5,536 trilhões.

     

    De acordo com o Tesouro, a redução do estoque da dívida foi explicada por um resgate líquido de R$ 56,6 bilhões e uma apropriação positiva de juros no valor de R$ 33,6 bilhões.

    Segundo o órgão, agosto foi marcado pela melhora do mercado externo, com dados econômicos mostrando inflação mais contida nos Estados Unidos, o que impulsionou o apetite por ativos de países emergentes.

    O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses caiu, passando de 10,76% ao ano em julho para 10,63% no mês passado.

    Na dívida interna, o custo do estoque recuou de 11% ao ano para 10,89%.

    O custo médio das novas emissões da dívida interna também caiu, indo de 12,09% para 11,88% ao ano.

    No período, também houve um alongamento do prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 3,96 anos, ante 3,9 anos registrados em julho.

    Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma redução de 2,69% em agosto, a R$ 1,146 trilhão.

    O montante ainda é suficiente para quitar 10,24 meses de vencimentos de títulos, valor considerado confortável —em julho, estava em 9,49 meses.

    Para o mês de setembro, o Tesouro vê cenário com persistência inflacionária global, “o que fez com que bancos centrais realizassem apertos monetários adicionais, elevando a probabilidade de recessão global”.

    “O ajuste nas taxas de juros de países centrais gerou movimento de aversão ao risco, o que penalizou economias emergentes”, disse em nota.

    No período, o CDS (credit default swap) do Brasil, que mede o risco relacionado ao país, subiu 11,25%, a 292 pontos base.

    Por outro lado, o Tesouro informou que a curva de juros futuros do país perdeu nível e inclinação “refletindo a sinalização de encerramento do ciclo de aperto monetário no Brasil”.

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