Dívida pública encerra 2021 em R$ 5,6 trilhões, avanço anual de 12%
Dados foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26)
Com alta de 12%, a Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil encerrou 2021 em R$ 5,613 trilhões. O número está de acordo com o esperado pelo Ministério da Economia, que previa que a DPF ficaria entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.
Em valores absolutos, a alta no ano passado foi de R$ 604 bilhões. Em 2020, a DPF estava em R$ 5,009 trilhões e após avanço recorde de R$ 761 bilhões, consequência dos gastos emergenciais com a pandemia de Covid-19.
Os dados foram divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quarta-feira (26). A DPF, que inclui o endividamento interno e externo do governo federal, é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, que arrecada menos do que gasta.
Somente em dezembro a dívida pública federal avançou 2,09%, ante novembro. No último mês do ano, o impacto dos juros na DPF foi de R$ 46,92 bilhões.
Enquanto a DPMFI avançou 2,22% em 2021, para R$ 5,348 trilhões, a DPFE fechou em R$ 264,72 bilhões, com redução de 0,59%. De dezembro de 2020 a dezembro de 2021, o grupo de não-residentes aumentou a participação na DPMFi, de 9,2% para 10,6%.
No mesmo período, a detenção de fundos de investimento e de previdência recuaram de 26% para 24% e 22,6% para 21,7%, respectivamente.
Segundo o Tesouro Nacional, as emissões do ano passado foram realizadas com prazos mais longos, em comparação com 2020. Isso foi possível pela redução da volatilidade nos mercados doméstico e internacional no primeiro semestre.
“A estratégia de emissões permitiu que os indicadores de prazo médio e de percentual vincendo em 12 meses retornasse a níveis próximos a 2019”, diz o órgão em nota.
Também impactaram positivamente a menor necessidade de financiamento e a melhora na arrecadação primária, que gerou menor pressão sobre o caixa da dívida. Além disso, de acordo com a pasta, a desvinculação de fundos trouxe R$ 166 bi para financiar o serviço da DPF.
Dívida pode alcançar R$ 6,5 trilhões em 2022
A equipe econômica prevê que a Dívida Pública Federal (DPF) pode alcançar até R$ 6,4 trilhões em 2022. Esse é o limite máximo projetado e representaria um aumento de 14,3% em relação ao patamar de R$ 5,6 trilhões encerrado em 2021.
O limite mínimo calculado pelo Tesouro Nacional é de R$ 6 trilhões. Os números são do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2022