Dinheiro digital pode impulsionar inclusão financeira em países insulares, diz FMI
Fundo afirma que medida deve ser bem concebida e adaptada à complexidade econômica de cada país
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Dinheiro digital pode trazer muitos avanços a países insulares, aqueles compostos por uma ou mais ilhas, como inclusão financeira, acesso a sistemas de pagamento desenvolvidos e mitigação de perda de relações bancárias correspondentes, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI), em texto publicado nesta semana.
O FMI, porém, destaca que a implementação do dinheiro digital precisa ser “bem concebida e governada”, adequada ao país e sua complexidade econômica.
A maturidade dos setores bancário e de prestação de serviços de pagamento deve indicar que tipo de dinheiro digital funciona melhor para os países insulares do Pacífico, diz o FMI em relatório, embora destaque que a fórmula permanece para países insulares do mundo todo.
Por exemplo, uma moeda digital de banco central (CBDC) de dois níveis — em que o banco central emite, mas delega a operação a intermediários privados — pode ser melhor para países com moeda nacional e bancos e prestadores de pagamentos maduros.
Em economias mais incipientes, as stablecoins lastreadas em moeda estrangeira poderiam ser uma alternativa realista para países sem moedas próprias, embora apenas com regulamentação e supervisão robustas.
A instituição conclui que o dinheiro digital pode impulsionar a conectividade transfronteiriça e fornecer apoio governamental a populações direcionadas. Caso a adoção do dinheiro digital aconteça sem as salvaguardas adequadas, o mercado financeiro e a economia do país podem ser perturbadas.