Desigualdades se agravam em momento de alta dos preços, diz ex-presidente do BC
Segundo o economista, os mais pobres devem ser o foco de propostas para reduzir o preço dos combustíveis
Em entrevista à CNN, nesta quarta-feira (9), o ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola disse que o Brasil “possui grandes desigualdades sociais que se agravam em momentos de choque de preços e aumento da inflação“.
O ex-presidente do BC comentou sobre as discussões em torno das propostas para reduzir o preço dos combustíveis e quais os principais desafios que o país enfrenta para conter a alta nos preços.
Loyola entende que o governo tem prioridades e “deve olhar para o lado social”. Para ele, os mais pobres devem estar no foco de políticas de redução de preços.
“Acredito ser preciso colocar em primeiro lugar aqueles que não conseguem comprar o gás de cozinha, aqueles que estão queimando lenha para cozinhar e as pessoas que dependem do transporte coletivo”, afirmou.
O economista reitera que não existem recursos públicos suficientes para serem distribuídos para todos e que o principal problema para o país é a “falta de dinheiro”.
Segundo o ex-presidente do BC, existem várias demandas e propostas sobre o preço dos combustíveis, mas “todas acabam impactando o bolso do contribuinte”.
Por fim, Loyola avalia que o mundo pode estar “diante de um novo choque do petróleo” por conta do conflito no Leste Europeu envolvendo países produtores da commodity.
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