Desemprego vai a 8% até final do ano, diz Guedes
Segundo o ministro, o país criou 17 milhões de empregos desde o que chamou de "fundo do poço", o momento mais rígido da pandemia da Covid-19
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (15) que a taxa de desemprego no Brasil deve chegar a 8% no final de 2022.
A fala aconteceu em entrevista à rádio “A Voz do Brasil”. “Ela está agora em 9%. No final do ano, vai a 8%. Vai ser a taxa mais baixa dos últimos 15 anos”, frisou o ministro.
De acordo com a Pnad Contínua, do IBGE, o desemprego no país ficou abaixo de 8% entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015, com mínima de 6,3% entre outubro e dezembro de 2013.
Segundo o ministro, o país criou 17 milhões de empregos desde o que chamou de “fundo do poço”, o momento mais rígido da pandemia da Covid-19. “São quase 600 mil empregos por mês”, apontou.
De acordo com Guedes, atualmente, 100 milhões de brasileiros estão trabalhando, um recorde na história. “Todos os setores, em todas as regiões, criaram empregos”.
O ministro comemorou também a “retomada da trajetória de crescimento econômico, de bem-estar, de emprego e de renda”.
“Nós tínhamos avisado que a política econômica brasileira de reação à pandemia — mantendo as reformas estruturais, preservando emprego, salvando vidas, vacinando a população — que teria efeito”, lembrou.
Durante a entrevista, Guedes citou ainda as quedas na economia de países desenvolvidos para mostrar o cenário positivo brasileiro.
“Nós caímos muito menos que as outras economias. Diziam que o Brasil ia cair 10% e, na verdade, todos os países avançados acabaram caindo mais que o Brasil. A Inglaterra caiu 9,7%; a Itália, 8,7%, a França, 7,6%; Alemanha, 5,6%; Japão, 4,5%; e o Brasil, 3,9%”, iniciou.
“Voltamos em V. Bateu no fundo e voltou rápido. Cresceu 4,5%. Esse ano, que diziam que ia haver uma recessão, já estão revendo para cima o tempo inteiro. Eu acho que vamos chegar a um crescimento de 3% esse ano”, previu o Guedes.
Em outra avaliação, ele pontuou que, pela primeira vez, o Brasil terá uma inflação mais baixa que os Estados Unidos e a Inglaterra.