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    Desemprego no 4º trimestre registra queda apenas no Sudeste, diz IBGE

    No período, as maiores taxas de desocupação foram registradas no Amapá, na Bahia e em Pernambuco

    Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua)
    Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Marcelo Camargo/Agência Brasil

    da Agência IBGE

    A queda da taxa de desocupação do país, que passou de 7,7% no terceiro trimestre de 2023 para 7,4% no quarto trimestre, foi acompanhada por apenas duas unidades da federação: o Rio de Janeiro (de 10,9% para 10,0%) e o Rio Grande do Norte (de 10,1% para 8,3%).

    Outros dois estados registraram aumento na taxa: Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%). As demais não tiveram variações significativas.

    Dentre as regiões, apenas o Sudeste teve queda, passando de 7,5% a 7,1%. As outras quatro ficaram estáveis. Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “Diversos estados do país apresentaram tendência de queda, mas só em dois deles a retração foi considerada estatisticamente significativa. No Rio de Janeiro, houve crescimento acentuado da ocupação, principalmente nas atividades industriais e de outros serviços. No caso do Rio Grande do Norte, o recuo da taxa foi influenciado pela redução do número de pessoas procurando trabalho no período”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

    Entre os dois estados com a desocupação em alta, os cenários são distintos.

    “Em Rondônia, houve uma redução no número de trabalhadores, com maiores perdas de ocupação na agricultura e no comércio. Já em Mato Grosso, embora houvesse aumento na ocupação, a expansão acentuada do número das pessoas procurando trabalho contribuiu para o crescimento da taxa de desocupação no estado”, completa.

    No 4º trimestre do ano passado, as maiores taxas de desocupação foram registradas no Amapá (14,2%), na Bahia (12,7%) e em Pernambuco (11,9%).

    Das treze unidades da federação que tinham níveis mais altos que a média nacional (7,4%), apenas duas não são do Norte ou do Nordeste: Rio de Janeiro (10%) e Distrito Federal (9,6%). As menores taxas estavam em Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

    A informalidade no mercado de trabalho também é mais presente nos estados nordestinos e nortistas. Entre as unidades da federação, a maior taxa de informalidade do país foi registrada no Maranhão (57,8%), onde mais da metade da população ocupada exerce atividades informais.

    Outros estados com taxas acima de 50% foram Pará (57,4%), Amazonas (54,6%), Piauí (53,4%), Ceará (53,0%), Bahia (52,1%), Sergipe (51,9%), Paraíba (50,8%) e Pernambuco (50,7%). No lado oposto, Santa Catarina (27,6%), Distrito Federal (30,4%) e São Paulo (31,2%) registraram as menores taxas.

    Em contrapartida, a proporção de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada era bem maior no Sul (83,5%) do que no Norte (60,9%) e no Nordeste (57,3%).

    Os três estados sulistas apresentaram os maiores percentuais dentre as unidades da federação: Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (81,9%) e Paraná (81,7%). Os menores números eram de estados nordestinos: Maranhão (48,9%), Piauí (51,6%) e Paraíba (54,9%).