Desemprego na América Latina e Caribe deve chegar a 10,6% e aumentar em 2021
Vários países da região estão entre os mais atingido pelas infecções e mortes por Covid-19, e restrições para conter o surto levaram a perdas de empregos
O desemprego na América Latina e no Caribe deve saltar para 10,6% neste ano, seu maior nível em mais de uma década, afetado pela crise profunda desencadeada pela pandemia de coronavírus, que continuará elevando o indicador durante o próximo ano, revelou um relatório da OIT nesta quinta-feira.
Vários países da região estão entre os mais atingido pelas infecções e mortes por Covid-19, e restrições para conter o surto levaram a perdas de empregos, falência de empresas e consequente queda na renda da população.
A estimativa conta em relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é 2,5 pontos percentuais superior ao número de 2019 e equivale a 30,1 milhões de desempregados. O desemprego médio nos três primeiros trimestres foi superior ao observado no mesmo período de 2019.
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“É importante observar que esses dados refletem apenas parcialmente os efeitos da pandemia na dinâmica do trabalho regional”, disse o órgão multilateral.
“Uma grande quantidade de pessoas preferiu se mudar para um situação de inatividade em vez de procurar empregos inexistentes, e isso contribuiu para moderar o efeito sobre o desemprego”, acrescentou.
Com a expectativa de recuperação das economias da região no próximo ano, embora em meio a incerteza, medidas para controlar a pandemia poderiam continuam a afetar indicadores como a taxa de participação, ocupação e desemprego, detalhou.
Soma-se a isso o retorno à força de trabalho de quem a havia deixado devido à crise de saúde, o que levaria o desemprego para 11,2% em 2021.
A OIT destacou que a crise gerou em vários países novas políticas para tentar mitigar impactos, como a formação à distância, seguro de trabalho para evitar demissões e trabalho remoto.
“Algumas dessas transformações se mostram valiosas para além da crise atual e constituem melhorias que deveriam ser institucionalizadas”, observou o relatório.
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