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    Desemprego melhorou, mas mercado de trabalho tem problemas, diz economista

    À CNN Rádio, Walter Franco destacou que há 74 milhões de pessoas aptas a trabalhar que estão fora do mercado formal

    Amanda Garciada CNN*

    A redução da taxa de desemprego para 13,7% no último trimestre, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE, impressionou positivamente o professor de Macroeconomia e Corporate Finance do Ibmec-SP, Walter Franco.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele afirmou que os números são “bem melhores” do que os últimos, que eram de 14,1%. Mesmo assim, são 14,1 milhões de desempregados.

    O professor fez, porém, uma ressalva. “Apesar da melhora, com números interessantes, ainda temos problemas estruturais sérios no mercado de trabalho brasileiro.”

    De acordo com ele, a característica do desemprego brasileiro é peculiar. São 170 milhões de pessoas aptas a trabalhar no país, mas “apenas a metade” está ocupada, ou seja, algo em torno de 80 milhões de pessoas. “O primeiro grande problema é incorporar uma massa maior ao mercado de trabalho”, comentou.

    “A segunda coisa é que 74 milhões de pessoas aptas estão fora do mercado de trabalho. A minha maior preocupação é como incorporar as pessoas nesse mercado, como dar o primeiro passo. A não-formalização é muito presente no Brasil.”

    “O que se puder ser feito nesse momento para buscar o aumento das possibilidades para entrar no mercado é bom. Temos um país bastante desigual, mas é preciso tomar cuidado com a precariedade dos trabalhos, flexibilizar, facilitar, permitir inclusão, incluir os brasileiros fora da força, são coisas importantes, mas com essa ressalva”, acrescentou.

    Para Walter Franco, há a possibilidade de o Brasil chegar abaixo de dois dígitos no desemprego “talvez ao final do ano que vem”. “Se debelarmos a pandemia e se não formos obrigados a conviver com juros mais altos lá fora por mais tempo do que o necessário, dá para nós, em meados do ano que vem, começarmos a tatear os 10%.”

    *Com produção de Bel Campos

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