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    Desemprego e renda baixa explicam nova queda no setor de serviços, diz economista

    À CNN Rádio, Juliana Inhasz avaliou a queda de 0,2% do setor de janeiro para fevereiro

    Amanda GarciaCamila Olivoda CNN em São Paulo

    A queda de 0,2% do setor de serviços de janeiro para fevereiro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12), pode ser explicada pela “deterioração do cenário econômico” atual, de acordo com a coordenadora do curso de economia do Insper, Juliana Inhasz.

    “Com a aceleração da inflação, a economia precisa de ajustes monetários, os juros sobem e pressionam o setor produtivo. Isso tem feito com que as famílias reorganizem a cesta de consumo”, explicou, em entrevista à CNN Rádio.

    Inhasz reforçou que o desemprego, embora tenha registrado queda nos últimos meses, ainda é alto, e “mesmo os empregados têm renda média mais baixa”.

    “O brasileiro tem menos recursos para consumir o que precisa e quer, e o setor de serviços é o que as pessoas cortam, porque priorizam outras coisas que são essenciais”, completou.

    A economista avaliou que serviços “compõem um setor que, apesar de ser o carro-chefe da economia brasileira, encabeçou a recuperação econômica tímida do ano passado, mas que sofre muito com a substituição e queda da renda”.

    A professora ainda acredita que a inflação ficará na casa dos 13%, com viés de alta “a depender de como o processo inflacionário continuar”.

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