Demissão de Coelho abre espaço para Caio Paes de Andrade à frente da Petrobras
Indicado pelo governo precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração da companhia; Até que um novo nome seja aprovado, Fernando Borges assume interinamente
A Petrobras comunicou uma nova troca na presidência da companhia, após José Mauro Ferreira Coelho renunciar ao cargo e o conselheiro Fernando Borges assumir interinamente o comando da estatal.
Segundo o Estatuto Social da Petrobras, o substituto ficará no comando até a eleição e posse do novo presidente. O indicado do governo é Caio Mario Paes de Andrade, ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, responsável pela plataforma Gov.br.
Caio Paes de Andrade passou da iniciativa privada para a pública em 2019, ao assumir a presidência do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa pública de prestação de serviços de Tecnologia da Informação.
Ele permaneceu no cargo até agosto de 2020, quando foi para a secretaria do Ministério. Andrade também é membro do Conselho de Administração da Embrapa e da PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A).
O executivo foi indicado para assumir a Petrobras logo após a demissão de José Mauro Coelho, há cerca de um mês. Agora, especialistas disseram à CNN que com a saída de Coelho o andamento do processo para posse de Caio Paes de Andrade deve ser agilizado.
Para assumir o comando da estatal, o nome de Andrade deve ser aprovado pelo Conselho de Administração da companhia, que agora deve reunir as informações necessárias para decidir sobre a aprovação ou não do executivo.
Como adiantado pela analista da CNN Thais Arbex, a troca era defendida por integrantes do alto escalão da Esplanada dos Ministérios sob o argumento de que a cúpula da estatal precisa estar mais alinhada ao ministro Adolfo Sachsida.
Segundo relatos feitos à CNN Brasil, o auxiliar de Guedes chegou a ser entrevistado pelo ministro de Minas e Energia da época, Bento Albuquerque, antes do convite feito ao economista Adriano Pires.
No entanto, conselheiros minoritários ouvidos pela CNN em maio disseram que Andrade não teria a experiência necessária exigida pela Lei das Estatais e pelo estatuto da Petrobras.
Pela lei, o postulante precisa atuar há dez anos na mesma área da companhia ou pelo menos quatro anos em empresa de porte equivalente ou em cargo de confiança no serviço público.
Publicado por Juliana Colombo