Delação das Americanas acusa diretoria e poupa acionistas, dizem fontes
Colaboração foi feita pelo ex-diretor financeiro Marcelo Nunes e pela ex-superintendente Flavia Carneiro
A colaboração premiada de dois ex-diretores das Lojas Americanas acusou os demais integrantes do colegiado de fazerem parte da fraude contábil da empresa, mas poupou de responsabilidades os acionistas de referência da empresa, disseram à CNN fontes que tiveram acesso ao documento.
A colaboração foi feita pelo ex-diretor financeiro Marcelo Nunes e pela ex-superintendente Flavia Carneiro.
Em linhas gerais, a delação corrobora o que foi apresentado pelo atual presidente da empresa, Leonardo Corlho, em declarações feitas à CPI das Americanas. Na semana passada, a Justiça do Rio homologou a delação.
Ou seja, ela aponta que a antiga diretoria da varejista promoveu deliberadamente uma série de ações que levaram à fraude bilionária na companhia. Os acionistas de referência, porém, foram poupados. São eles Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.
Procurada, a assessoria do ex-CEO Miguel Gutierrez disse que ele “nega veementemente a participação em qualquer tipo de fraude e informa que não poderá comentar sobre as citadas delações, pois não teve acesso ao material”.
Já os advogados de Timotheo Barros informaram que “não se manifestarão sobre boatos e/ou conjecturas quanto ao teor de supostas delações premiadas. Acredita-se que o sigilo de tais pretensos documentos deva existir e ser respeitado pelas autoridades públicas que os detêm”.
A defesa de Ana Scaialli informou que não teve acesso a delação e que por isso não irá se manifestar.
A CNN procurou os demais integrantes da antiga diretoria, bem como a assessoria de imprensa das Americanas e aguarda resposta.