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    Declaração do presidente colocou tudo de volta aos trilhos, diz Guedes

    Equipe econômica se reunirá com os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima segunda-feira

    Anna Russido CNN Business , em Brasília

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a declaração do presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (9) sobre a crise institucional entre os Poderes da República colocou a discussão sobre os precatórios “de volta aos trilhos”. Segundo ele, a equipe econômica se reunirá com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na próxima segunda-feira (13).

    “A iniciativa do presidente ontem colocou tudo de volta aos trilhos. Vamos retomar essa agenda. Estou positivo […] conversaremos com o Supremo e o Congresso imediatamente na segunda”, disse em participação de evento virtual do Credit Suisse, nesta sexta-feira (10).

    Ainda na avaliação do ministro, todos os tomadores de decisão dos três poderes têm de estar cientes das consequências.

    “O que acontece se as sentenças judiciais saltarem para R$ 200 bilhões? O que eu devo fazer? Respeitar a ordem judicial, como devo, e furar o teto ou devo obedecer à regra de responsabilidade fiscal e descumprir a decisão judicial?”, questionou ao reforçar a importância da conversa entre os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário.

    Crise entre os Poderes

    Guedes voltou a falar sobre a ideia de uma democracia barulhenta e que a crise entre os poderes é resultado disto. Ele defendeu que, apesar de excessos em palavras, o presidente Jair Bolsonaro “nunca excedeu em ações”.

    “Centenas de milhões de pessoas celebrando pacificamente [o 7 de Setembro]. Todos se vestiram com verde e amarelo, a cor da bandeira do Brasil. Uma manifestação muito pacífica e celebração da democracia. De outro lado, atores, especificamente o presidente, fizeram excessos, especialmente em palavras. Mas e nas atitudes? O presidente nunca saiu das regras do jogo em ações”, argumentou.

    Na visão do ministro, a democracia brasileira se fortalece a cada vez que uma instituição ultrapassa os limites e as outras reagem. “Temos instituições em evolução. Toda vez que uma ultrapassa, as outras aparecem para demarcar o próprio território. […] Nunca tive indicação do presidente de que ele ultrapassaria as regras democráticas. Nosso presidente merece respeito, ele foi eleito. Estamos respeitando as regras democráticas”, defendeu.

    Bolsa Família

    O ministro voltou a garantir que o Bolsa Família, bem como qualquer programa de transferência de renda, ficará dentro do teto de gastos em 2022. Na avaliação dele, tal decisão é fundamental para manter a credibilidade do país a respeito do equilíbrio fiscal.

    “Poderíamos fazer legalmente dentro do teto um Bolsa Família de R$ 400 ou R$ 500, mas há o lado econômico, há expectativas do mercado”, comentou ao repetir que é dever da equipe econômica “alertar os outros poderes que todas as decisões têm consequências”.

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