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    De atriz a empresária: Marina Ruy Barbosa lança Ginger, grife de moda consciente

    A coleção “Prefácio” foi lançada no e-commerce e contém produtos que vão de moletons à ecobags, feitas com matéria-prima sustentável e produtores brasileiros

    Paula Bezerra, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Foi por meio de um alerta textão que a prodígio atriz Marina Ruy Barbosa divulgou no último final de semana seu mais novo projeto. Além de acumular funções de atriz e influenciadora, agora Marina também é empresária. Em parceria com a sócia Vanessa Ribeiro, a atriz lançou a Ginger, grife une os conceitos de arte, moda e sustentabilidade. 

    A coleção “Prefácio” foi lançada no e-commerce e contém produtos que vão de moletons à ecobags, feitas com matéria-prima sustentável e produtores brasileiros. Em poucas horas, grande parte das peças já estavam esgotadas. As restantes, têm preços que oscilam de R$ 527 a R$ 35,00.

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    À frente de todos os processos, que vão desde a escolha do tecido até a modelagem, Marina afirmou que construir uma marca é um sonho antigo. Com a pandemia e as gravações paralisadas, a atriz encontrou uma nova forma de se expressar e lançou o projeto. 

    “Sempre tive uma relação próxima com a moda, desde a infância. E isso se transformou em uma paixão”, disse em sua rede social.  

    De acordo com publicação feita por Marina Ruy Barbosa, o lucro inicial da Ginger será revertido para a ONG Gerando Falcões, famosa por sua atuação em comunidades e periferias do país. “Acredito em uma moda com olhar para o futuro, com mais atenção ao meio ambiente e preocupada com o impacto”, disse a atriz em sua conta no Instagram.

    O outro lado da moda

    O objetivo da marca é trazer à mesa a discussão da moda consciente e soluções mais inteligentes ao consumidor, seguindo o exemplo de grifes de luxo do exterior, como a Stella McCartney, que tem em seu DNA a moda sustentável, produzindo desde jeans biodegradáveis, até tênis feitos com lixos e resíduos do oceano. 

    A guinada de Marina para o consumo consciente não é à toa. Na direção contrária ao fast fashion, o “slow fashion”, que tem ganhado cada vez mais força e adeptos, busca reduzir os impactos da indústria da moda ao meio ambiente, assim como valorizar produtores e diminuir o volume de lixo. Segundo o banco britânico Barclays, apenas a indústria da moda é responsável por 8% das emissões globais de gases de efeito estufa.

    Mais que isso: no relatório “Green is the new black”, publicado no início deste ano, o banco avalia que a indústria têxtil pode gerar cerca de € 110 bilhões em valor, se adotar as principais questões ambientais relacionadas à energia, produtos químicos e resíduos, e água. Porém, o banco alerta: caso as empresas do setor não tomem consciência, cerca de € 45 bilhões em lucro estarão em risco até meados de 2030.

    “A indústria da moda precisa agir agora – não apenas para reduzir seu impacto ambiental, mas para garantir sua própria lucratividade”, cita o relatório.

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