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    Custo Brasil encarece produtos industriais em 25,4%, diz estudo da Fiesp

    Criação de um Imposto sobre Valor Agregado como parte de uma reforma tributária seria uma das formas de reverter esse cenário, defendem as entidades

    Mateus Fagundes, do Estadão Conteúdo

    Estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) divulgado nesta quinta (8) mostra que o chamado Custo Brasil encarece os produtos industriais nacionais em 25,4%, em média.

    A criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) como parte de uma reforma tributária seria uma das formas de reverter esse cenário, defendem as entidades.

    Para chegar a esse resultado, o estudo compara a diferença de custos de produção entre uma empresa no Brasil e outra com características similares operando no exterior.

    Foram considerados os 15 principais parceiros comerciais brasileiros: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Coreia do Sul, Japão, Itália, França, México, Índia, Espanha, Reino Unido, Suíça, Chile e Canadá.

    O grupo equivale a três quartos da pauta de importados em bens industriais e responde por 72% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

    O levantamento lista, então, pontos que diferem o Brasil desse conjunto de países.

    A tributação é o item que, isoladamente, teve o maior impacto na elevação dos preços dos bens industriais brasileiros: 13%.

    A carga tributária do país foi, em média, de 33,4% do PIB, enquanto na amostra de países esse número ficou em 26,4%.

    Na sequência, aparecem os juros, com peso de 6,1%.

    Aqui, as entidades consideraram tanto o peso da Selic (a taxa básica de juros) quanto das taxas embutidas em financiamentos de instituições bancárias.

    De 2008 a 2019, a taxa média real de juros foi de 4,2%, superior ao 0,2% nos 15 países da amostra.

    Matérias-primas e energia (3,7%), logística (1,5%) e carga extra com benefícios sobre a folha de pagamentos (0,8%) também são citadas como itens que contribuem para o Custo Brasil.

    As entidades argumentam que só a implementação de um IVA, eliminando tributos considerados irrecuperáveis e reduzindo gastos com burocracia, teria potencial de baixar o Custo Brasil com tributos de 13% para 4,9%.

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