Critério para gerir a Petrobras é mais difícil atualmente, diz professor
Para o especialista, novos nomes indicados mostram que a condição para a escolha foi, mais uma vez, técnica
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (7), o professor de Economia da UFRJ Armando Castelar disse que atualmente “o critério para ser gestor da Petrobras é bem mais difícil e transparente”.
O professor comentou sobre a indicação de José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da estatal e de Marcio Andrade Weber para a presidência do Conselho de Administração.
“Ainda que tenha sido anunciada a substituição, isso não alterou a forma como a estatal trabalha e deixou claro que houve avanços corporativos desde os escândalos do passado”.
Para o especialista, os novos nomes anunciados para o comando da estatal mostram que “a transparência da Petrobras é gigantesca. Poucas empresas no mundo possuem essa característica”, afirmou.
Castelar avalia que o principal desafio é gerir a empresa, por se tratar de uma companhia de grande porte. Além disso, os nomes anunciados indicam, segundo ele, que “a pressão política não funcionou”, visto que as indicações foram, mais uma vez, técnicas.
No entanto, o especialista reconhece que as tensões devem permanecer. “Tensão sempre vai existir, trata-se de uma estatal, em um momento que o petróleo está com preços altos e também temos eleições. São todos elementos que aumentam o estresse de quem vai gerir a empresa”, afirmou.
Por fim, para Castelar, as mudanças no comando da Petrobras não afetam os preços dos combustíveis. Contudo, ele avalia que “existe algum espaço para uma pequena redução nos próximos meses”.
Para Castelar, isso pode ocorrer por conta da liberação de estoques de petróleo por parte de outros países. “Mas a tendência é de que o preço internacional do barril continue próximo dos US$ 100”, conclui.
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