Ryanair tem o 1º prejuízo trimestral de sua história – e a conta deve piorar
Após a divulgação do balanço, as ações da empresa chegaram a cair 8,5%. No entanto, os papéis se recuperaram e a queda ficou por volta de 4%
Nem mesmo a mais celebrada companhia áerea de baixo custo do mundo, a irlandesa Ryanair, consegue enxergar um futuro mais positivo pela frente. Em sua divulgação de resultados, a companhia aérea (conhecida por suas passagens baratas e assentos bem apertados) registrou o primeiro prejuízo trimestral de sua história: € 185 milhões no segundo trimestre.
Apesar dos números negativos, o tombo foi menor do que o esperado por analistas da empresa, que era de € 232 milhões. Durante a pandemia, a empresa chegou a ter 99% de sua capacidade do voos reduzida.
Para o futuro, o cenário também não é tão positivo: a companhia reduziu sua meta anual de passageiros em 25% e alertou que uma segunda onda de infecções por Covid-19 poderia levar a novas reduções, derrubando suas ações em 8%, apesar de ter reportado um prejuízo menor do que o esperado no trimestre encerrado em junho.
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Após a divulgação do balanço, as ações da empresa chegaram a cair 8,5%. No entanto, os papéis se recuperaram e a queda ficou por volta de 4%.
Para o resto do ano fiscal, a Ryanair reduziu as expectativas que termina em 31 de março, dizendo que espera transportar 60 milhões de passageiros em vez dos 80 milhões previstos em maio – e abaixo dos 149 milhões do ano passado.
“Nossa perspectiva de 60 milhões de passageiros para o ano é provisória neste momento e pode diminuir”, disse o presidente-executivo do grupo, Michael O’Leary, em uma apresentação em vídeo.
“Uma segunda onda de casos de Covid-19 na Europa no final do outono … é o nosso maior medo no momento”, disse O’Leary.
“A próxima temporada de inverno parece preocupante para as operadoras mais fortes”, disse o analista da Goodbody, Mark Simpson, em nota, prevendo “uma pequena vantagem para a Ryanair até entrarmos na recuperação real de suas operações no início da primavera” (no hemisfério norte).
A queima de caixa da Ryanair efetivamente acabou, com seu saldo em caixa chegando a até 3,9 bilhões de euros no final de junho, ante 3,8 bilhões no final de março.
A receita caiu 95% no primeiro trimestre, enquanto os custos caíram 85%.
A companhia espera voar 60% de seu cronograma normal em agosto e 70% em setembro. Os aviões da Ryanair devem estar com capacidade de 70% em julho e agosto, disse O’Leary.
(Com informações da Reuters)
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