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    Crise hídrica e ruído eleitoral pioram trajetória da inflação, diz Campos Neto

    "Muito importante acompanhar a parte hídrica nos próximos meses. Entendemos que ainda é mais um problema de preço do que de racionamento", disse o presidente do BC

    Anna Russido CNN Brasil Business , Brasília

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu que a crise hídrica tem impactado ainda mais a pressão inflacionária observada, podendo contaminar diversos setores da atividade econômica.

    “A eletricidade tem o poder de disseminar esse aumento na cadeia. Muito importante acompanhar a parte hídrica nos próximos meses. Entendemos que ainda é mais um problema de preço do que de racionamento”, destacou.

    Na avaliação dele, há um gargalo inflacionário na economia global que tem piorado recentemente. Ele explicou que, apesar da mudança no movimento da inflação de bens para serviços, esperado pelo BC, a pandemia pode ter deixado cicatrizes mais permanentes nos hábitos de consumo.

    “Se imaginarmos uma parte de tecnologia e que não vamos voltar a um esquema 100% presencial, com a entrada do 5G vai propiciar ainda mais negócios remotos, podemos estar falando de uma mudança estrutural. Então, talvez esses gargalos demorem um pouco a passar. Isso é um pouco o que temos dito do porque entendemos que essa disseminação da inflação tem sido mais prolongada”, explicou.

    De acordo com o presidente do BC, as incertezas externas e internas, combinadas com a crise hídrica e a proximidade da corrida eleitoral, tornam mais difícil a projeção para a inflação.

    “Temos todos os choques externos, os choques internos, a crise hídrica e mais o ruído eleitoral. De fato, sim, isso dificulta. Mas a nossa missão é atingir a meta, entregar a meta. Isso é muito importante. É o elemento mais importante para garantir a estabilidade de um crescimento sustentável de curto, médio e longo prazo”, reforçou.

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