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    Correntista resgata R$ 1,65 milhão de cotas de consórcio “esquecidas” em banco

    Segundo Banco Central, é o maior valor resgatado no site Valores a Receber lançado pela instituição

    Agência Brasil

    Apesar de cerca de 40% dos brasileiros encontrarem valores inferiores a R$ 1 no site Valores a Receber, um correntista resgatou R$ 1,65 milhão esquecido em cotas de consórcio. A informação foi revelada nesta terça-feira (29) pelo diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Maurício Moura.

    De acordo com Moura, esse foi o maior valor sacado desde que o sistema Valores a Receber começou a funcionar. Ele deu a informação num seminário de gestão pública promovido em Curitiba.

    “Essa pessoa não sabia que tinha R$ 1,65 milhão em nome dela no sistema financeiro e, graças ao sistema Valores a Receber, recuperou esse dinheiro. Imagino que ela tenha ficado bastante feliz”, declarou o diretor do BC.

    Na segunda-feira (28), o Banco Central começou a promover uma nova rodada de agendamento de saques de saldos residuais. Segundo o órgão, mesmo quem participou das consultas anteriores terá de repetir o procedimento porque as instituições financeiras incluíram novas informações no sistema.

    Nesta etapa da consulta, o dinheiro vem das seguintes fontes:

    • contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas;
    • cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC;
    • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;
    • grupos de consórcio extintos.

    Pelo novo cronograma, o correntista poderá agendar o saque a qualquer hora da data informada, em vez de entrar em horários determinados pelo sistema.

    De 17 de abril a 1º de maio, haverá uma reformulação do sistema. As consultas serão retomadas em 2 de maio, na abertura da segunda fase do programa, que incluirá mais fontes de recursos esquecidos no sistema financeiro.

    Segundo o BC, cerca de 114 milhões de pessoas e 2,7 milhões de empresas acessaram até agora o sistema de consultas criado para o resgate do dinheiro. Desse total, 25,9 milhões de pessoas físicas e 253 mil empresas descobriram que têm recursos a receber.

    A maior parte dos recursos esquecidos, no entanto, é de pequeno valor. De acordo com levantamento do BC, saldos de até R$ 1 correspondem a 42,8% dos casos e montantes de até R$ 10 concentram 69,7% do total.

    Nova fase

    Em maio, haverá uma nova rodada de consultas, com mais R$ 4,1 bilhões disponíveis. Na segunda etapa, serão incluídas as seguintes fontes de saldos residuais:

    • cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;
    • contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível;
    • contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;
    • demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

    Além dos valores residuais em bancos, o cidadão pode ter outras fontes de dinheiro esquecido, como cotas de fundos públicos, revisão de benefícios da Previdência Social, restituições na malha fina do Imposto de Renda e até pequenos prêmios de loterias.

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