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    Contra reajuste, Lira telefonou para presidente da Petrobras e falou em consequências

    Petrobras anunciou nesta sexta novo aumento nos preços de gasolina e diesel

    Renata Agostini

    Numa última cartada para tentar frear o novo aumento do combustível, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), telefonou ao presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, na quinta-feira (16), e passou recados: um ajuste no preço traria consequências para a empresa.

    Lira afirmou na ligação que, caso a estatal seguisse com o plano de elevar o valor da gasolina e do diesel, a Câmara iria reagir, avaliando ajustes na política de preço e o aumento de tributos cobrados da empresa, segundo relato de pessoas próximas. Tudo isso está no radar, de acordo com interlocutores do presidente da Câmara.

    Além disso, como afirmou o próprio presidente Jair Bolsonaro, está em avaliação a abertura de uma CPI para investigar o comando da petroleira.

    Como mostrou a CNN na semana passada, ministros do governo já haviam enviado recados à cúpula da estatal sobre os “riscos” de reajustar o combustível logo após a aprovação nas mudanças da cobrança do ICMS. Segundo um integrante do alto escalão do governo, isso provocaria a ira de Bolsonaro e ainda precipitaria movimentos do Congresso.

    A ligação de Lira não foi o único movimento às vésperas da confirmação do anúncio. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, enviou um ofício ao comando da Petrobras na esperança de dissuadir a diretoria de promover um aumento. No documento, o ministro convidou a empresa a ajudar a construir uma solução, segundo um integrante do governo.

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