Continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil, diz Bolsonaro
Em live semanal, presidente lamentou novamente as mortes pela Covid-19, mas disse que é preciso "conviver" com a doença
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil e teria uma série de outras consequências desastrosas, no momento em que os principais candidatos às presidências da Câmara e do Senado defendem a discussão de algum tipo de ajuda para quem ficou sem renda durante a pandemia do novo coronavírus.
Em transmissão da sua live semanal, Bolsonaro lamentou novamente as mortes e infecções pela doença, mas disse que é preciso “conviver” com a Covid e que não se pode “destruir empregos”. Destacou mais uma vez que a capacidade de endividamento do país está no limite.
“Lamento, pessoal, quer que continue (o auxílio emergencial), vai quebrar o Brasil, vem inflação, descontrole da economia, vem um desastre e todo mundo aí pagar caríssimo”, disse ele.
Uma eventual retomada do auxílio emergencial –que foi encerrado em dezembro– tem sido objeto de discussões de candidatos ao comando das duas Casas Legislativas e deve voltar com força na agenda política no retorno dos parlamentares ao trabalho, a partir da próxima semana.
Bolsonaro voltou a criticar restrições de movimentação de pessoas e de abertura de estabelecimentos impostas por governadores e prefeitos que visam a reduzir o contágio do coronavírus.
Mais uma vez, o presidente defendeu o tratamento precoce de pacientes com a doença com o uso de medicamentos que não tem comprovação científica da sua eficácia.