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    Continuarei crítico à alta dos juros, diz ministro do Trabalho

    Primeira reunião do Banco Central presidida por Gabriel Galípolo subiu a Selic para 13,25%

    Vitória Queirozda CNN , Brasília

    O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que continuará “crítico” às decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que resultem no aumento da taxa básica de juros. Na última quarta-feira (29), o colegiado subiu a Selic para 13,25% ao ano.

    O aumento de 1 ponto percentual já era esperado pelo mercado. Na última reunião, o Copom reforçou compromisso com o guidance sinalizado anteriormente, e disse que deve realizar uma alta de mesma magnitude na próxima reunião, levando a Selic a 14,25% em março.

    “O Brasil não está em dificuldade de cumprir os seus compromissos. Não há porque ter essa histeria e a necessidade aumentar os juros nesse patamar. Continuarei crítico a essa decisão. Não entendo porque há a necessidade de um novo aumento dos juros. É um absurdo na minha avaliação”, disse o ministro durante divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

    Foi a primeira reunião do Copom presidida por Gabriel Galípolo e também composta, em sua maioria, por diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gestão do ex-presidente do BC Roberto Campos Neto foi marcada por críticas de integrantes do governo à condução da política monetária.

    “Nunca falei mal [do Banco Central]. Faço uma avaliação. Portanto, continuarei falando do papel [do Banco Central] em relação aos juros e a influência que têm na economia. Ninguém esperava uma decisão diferente do Copom dadas as circunstâncias do decorrer do ano passado”, afirmou.

    Luiz Marinho disse que o patamar elevado da taxa básica de juros afetou o saldo de empregos de dezembro, que veio acima do esperado. De acordo com o ministro, a pasta esperava um resultado negativo abaixo de 500 mil postos de trabalhos fechados. No mês, o saldo fechou em negativo em 535.547.

    “Não dá para bater o martelo e sacramentar que foi o juros que causou isso. […] É possível que tenha acontecido. Historicamente, a gente esperava 450 mil, que não ultrapasse 500 mil. Passou. Pode ter influência dos juros? Claro que pode ter influência dos juros. Isso é responsabilidade do Banco Central”, afirmou.

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