Conselho da Petrobras deve indicar Prates para a presidência nesta quinta-feira (26)
Horas antes da reunião, Prates apresentou sua renúncia do mandato de senador, conforme publicado no Diário do Senado desta quinta
O senador Jean Paul Prates deve assumir o comando da Petrobras nesta quinta-feira (26), após ter o aval do departamento de compliance da estatal.
Horas antes da reunião, Prates apresentou sua renúncia do mandato de senador, conforme publicado no Diário do Senado desta quinta.
A indicação do senador pelo PT do Rio Grande do Norte, oficializada no dia 12 de janeiro, fez com que a equipe da área de Governança e Conformidade se debruçasse sobre o currículo e as ligações políticas e empresariais do potencial futuro executivo.
Segundo informação confirmada por fontes da Petrobras à CNN, nada foi encontrado que vetasse o nome ao cargo.
A reunião do Conselho de Administração da Petrobras já havia sido marcada no início do mês e será realizada nesta quinta-feira às 9 horas da manhã. É provável que, ao ter o nome aprovado, Prates já tenha a posse no mesmo dia, no fim da tarde, ou logo no dia seguinte.
Integrantes do colegiado ouvidos pela CNN estão divididos sobre a possibilidade de a reunião despertar algum tipo de resistência ao nome do senador. Entretanto, ainda que isso venha acontecer, não devem ser um impeditivo para que o senador seja o eleito.
Passos para posse
Inicialmente, Prates terá de ser eleito para compor o Conselho, na vaga deixada por Caio Mário Paes de Andrade, que assumiu um cargo no governo de São Paulo. Depois, é convidado para participar da reunião com seu nome votado para ocupar a presidência.
Ele assumirá a Petrobras logo depois de entrar em vigência um novo aumento no preço da gasolina, com o litro R$ 0,23 mais caro. A decisão do reajuste foi anunciada nesta terça-feira (24) e valendo desde à quarta-feira (25).
Ainda que assuma a Petrobras nesta quinta, o senador não poderá fazer grandes mudanças de bate-pronto. É que a maioria das decisões estratégicas da empresa são tomadas com anuência do Conselho de Administração, que hoje conta com cinco remanescentes do governo Bolsonaro, uma representante dos trabalhadores e quatro membros indicados e eleitos por outros acionistas.
O senador foi procurado pela CNN, mas não quis comentar o assunto, pois não está oficialmente ainda na gestão da empresa.