Confiança do consumidor dos EUA cresce em agosto, mas tensão sobre mercado de trabalho permanece
O Conference Board informou que seu índice de confiança do consumidor subiu para 103,3 neste mês, de 101,9 em dado revisado para cima em julho
A confiança dos consumidores dos Estados Unidos aumentou em agosto, mas os norte-americanos estão ficando mais ansiosos sobre o mercado de trabalho no país.
O Conference Board informou nesta terça-feira (27) que seu índice de confiança do consumidor subiu para 103,3 neste mês, de 101,9 em dado revisado para cima em julho. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice oscilaria pouco em relação aos 100,3 relatados anteriormente.
“As avaliações dos consumidores sobre a situação atual do trabalho, embora ainda positivas, continuaram enfraquecendo, e as avaliações do mercado de trabalho no futuro foram mais pessimistas”, disse Dana Peterson, economista-chefe do Conference Board.
A parcela de consumidores que veem os empregos como “abundantes” caiu de 33,4% em julho para 32,8%. Cerca de 16,4% dos consumidores disseram que os empregos são “difíceis de conseguir”, acima dos 16,3% do mês passado.
O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou na sexta-feira passada que cortes de juros ocorrerão em breve, em um aceno às crescentes preocupações sobre o mercado de trabalho.
Os mercados esperam que o banco central dos EUA inicie seu ciclo de afrouxamento monetário no próximo mês, com uma redução de 25 pontos-base na taxa, embora um corte de 50 pontos-base não possa ser descartado.
O Fed tem mantido sua taxa de juros na faixa atual de 5,25% a 5,50% por mais de um ano, tendo elevado-a em 525 pontos-base em 2022 e 2023.
As expectativas de inflação dos consumidores em 12 meses caíram para 4,9%, o menor nível desde março de 2020.