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    Confiança do comerciante cai 3,1% em outubro, aponta CNC

    Alta dos juros, inflação, combustíveis e dólar trazem instabilidade para o setor

    Lucas Janoneda CNN , Rio de Janeiro

    Pressionada pela instabilidade econômica do Brasil, a confiança empresarial do comércio caiu 3,1% em outubro, quando comparado com o mês anterior. Trata-se da segunda queda no indicador, já que em setembro o índice registrou um declínio de 0,7%. Os dados foram divulgados, nesta segunda-feira (25), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    Os dois resultados negativos interrompem uma série de três altas consecutivas, quando entre junho e agosto, a confiança do comerciante teve um salto de 28,2%.

    Na ocasião, a vacinação contra a Covid-19 e as flexibilizações econômicas animavam o setor. No entanto, a alta dos juros, da inflação, do preço dos combustíveis e do dólar trouxeram uma instabilidade para o segmento.

    “Os eventos econômicos recentes impactaram essa confiança do comerciante, e trouxe uma incerteza para a economia brasileira até o fim do ano.  Essa instabilidade não tem relação com a pandemia e sim pela alta dos juros, a desvalorização cambial frente ao dólar e a inflação, por exemplo”, destacou o economista e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio.

    Segundo o indicador da CNC, os comerciantes de todas as regiões brasileiras tiveram a confiança abalada em outubro. O destaque negativo ficou para os empresários do Sudeste e do Sul com uma queda de 3,7%. Logo após aparece o Norte com uma baixa de 3,4%.

    Se analisado pelo tamanho das empresas, os comerciantes de pequeno porte foram os que mais sentiram a instabilidade.

    A pesquisa da CNC ressalta, entretanto, que a confiança do comerciante segue alta, apesar das duas quedas consecutivas registradas em setembro e outubro.

    “Mesmo com a queda nos últimos dois meses, o índice já subiu próximo de 10% no corrente ano. Assim, os resultados negativos de setembro, bem como de outubro junto com os cinco primeiros meses de 2021, não anularam o otimismo gerado no período de junho a agosto”, destaca o levantamento.

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