Como empresa tecnológica, não só banco, Inter precisava estar na Nasdaq, diz João Vitor Menin
Instituição começou a negociar ações na bolsa de tecnologia de Nova York, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (23)
O Inter começou nesta quinta-feira (23) a negociar ações na Nasdaq, bolsa de tecnologia de Nova York, nos Estados Unidos. Em entrevista à CNN, o CEO da instituição, João Vitor Menin, falou da importância desse movimento, que marca a consolidação do Inter como uma empresa de tecnologia, e coincide com seus planos de expansão.
“Apesar de sermos um banco, somos uma plataforma de tecnologia, que alinha serviços bancários a não bancários, então nada mais natural que, ao vir para os EUA, a gente escolhesse a Nasdaq para listar nossas ações”, disse Menin.
O empresário também destaca que a estreia coincide com os planos de expansão da companhia, que passou a permitir recentemente que clientes tenham uma conta em moeda estrangeira, e que em breve poderá ser usada também por residentes nos Estados Unidos.
“(A estreia na Nasdaq) coloca o inter em outro patamar e coincide com o momento que fazemos a nossa expansão de operações. Estamos com nossa Global Account, produto que lançamos para alcançar, além de brasileiros, pessoas de todo o mundo, começando pelos EUA”.
A cerimônia desta quinta consolida o Inter como uma empresa de tecnologia, que aposta no conceito de “super aplicativo”, ferramenta que, além dos serviços financeiros, também permite que clientes façam investimentos nacionais e internacionais, remessas de dinheiro, seguros e marketplace.
“Temos um mundo globalizado em que as pessoas viajam e fazem negócios podem ter na palma da mão o super app do Inter, ter sua conta em dólar, fazer transações de câmbio, remessas de dinheiro, cartão de débito, investir em bolsa”, disse.
O lançamento também é uma oportunidade de o banco ter mais visibilidade internacional, segundo o executivo. “À medida que chegamos nos EUA, passamos a atrair outros investidores. A gente já começa a perceber muitos fundos, como americanos e europeus, que já acompanhavam a gente, mas não investiam por estarmos somente no Brasil. Agora, com listagem na Nasdaq, estão aproveitando o momento para se posicionar”, disse.
Com a estreia, os ativos BIDI3, BIDI4 e BIDI11, que vinham sendo negociados na B3 desde o IPO da instituição, em 2018, são migrados para a Inter&Co na bolsa americana, com o código INTR.
Hoje com mais de 20 milhões de clientes, o Inter atua no mercado desde a década de 1990, mas lançou a primeira conta 100% digital em 2015.
Fundador e presidente do conselho da MRV Engenharia, o empresário Rubens Menin também é controlador do Inter, da Log Commercial Properties e da CNN Brasil.
*Publicado por Ligia Tuon