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    Com Centrão, negociar Plano Real hoje seria “menos agradável”, diz Edmar Bacha

    Ao lado de outros "pais do Real", economista participou de evento em celebração aos 30 anos do Plano, em São Paulo

    Danilo Moliternoda CNN

    Um dos “pais do real”, o economista Edmar Bacha afirmou que negociar os termos do Plano teria sido “menos agradável” nos dias de hoje – visto que seus textos teriam de ser aprovados pelo chamado “Centrão”.

    O economista participou de um evento em celebração aos 30 anos do Real, em São Paulo, nesta segunda-feira (24). Bacha esteve ao lado de outros pais do Plano: Pérsio Árida, Pedro Malan, Gustavo Franco e Armínio Fraga.

    No contexto político daquele momento, para obter maioria para suas medidas provisórias, o governo Itamar Franco precisou contar especialmente com parlamentares de PMDB, PFL e PSDB.

    Segundo Bacha, as negociações se deram especialmente com o PMDB, de lideranças como o jurista Nelson Jobim. “Hoje seria com o Centrão. Certamente, menos agradável”, disse.

    O Plano Real completa 30 anos no próximo dia 1º. Em fevereiro de 1994, os economistas da equipe de FHC criaram uma espécie de dólar virtual, a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, este mecanismo se tornou o real — uma nova moeda que nascia sem a doença da hiperinflação.

    Em termos de eficácia das negociações, o resultado seria “um a um”, para Bacha. Na sua avaliação, a entrada da URV em ação teria menos resistência hoje, porém o corte de 20% das receitas orçamentárias, em meio à rigidez dos gastos atual, encontraria mais obstáculos.

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