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    Colheita recorde gera expectativa de queda da inflação para consumidor, diz diretor da Conab

    Segundo Sergio De Zen, safra prevista pode reduzir custos de produção de proteínas, diminuindo preços de carnes no final deste ano

    Ester Cassaviada CNN*Renata Souzada CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN neste sábado (13), o diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sergio De Zen, afirmou que uma colheita recorde de grãos brasileiros neste ano pode levar à redução dos custos de produção de proteínas e, consequentemente, queda da inflação para o consumidor.

    “Provavelmente no final do ano, lá pelo Natal, os custos de produção das carnes, especialmente, que são muito consumidos na época de final de ano, devem ter os preços menores do que se esperava no início do ano”, disse.

    A previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de uma safra agrícola recorde em 2022, totalizando 263,4 milhões de toneladas — alta de 4,0% em relação ao resultado de 2021, o equivalente a 10,2 milhões de toneladas a mais.

    “Embora no Sul do Brasil, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, tenha havido essa seca que levou a perda de algo em torno de 4 milhões de toneladas de milho e algo em torno de 15 milhões de toneladas de soja, a segunda safra e a safra do Centro-Oeste ocorreu no período correto. Então nós tivemos uma safra de soja do Centro-Oeste muito positiva, estamos tendo uma safra de milho muito positiva, com recordes de produtividade”, detalhou De Zen.

    Considerando o mercado internacional, o especialista afirmou que o cenário não é tão otimista. Segundo ele, apesar da perspectiva positiva da reabertura dos portos ucranianos para exportação de grãos, as condições climáticas não estão favorecendo o plantio.

    “No Hemisfério Norte nós estamos vivendo um momento climático não dos melhores para as lavouras, então nós temos problemas na Europa Ocidental, os países da Europa tem vivido um momento de altas temperaturas com baixa pluviometria, que é seca; os Estados Unidos têm algumas manchas que estão perdendo, não é extremamente preocupante, mas reduz essa produção”, explicou.

    Ainda assim, segundo De Zen, a expectativa é de um aumento da oferta global. “Do outro lado, você tem uma ação de política monetária dos governos no sentido de restringir o consumo, aumentando taxa de juros. Então a demanda é decrescente e a oferta é crescente. O resultado disso é menor preço, tanto no Brasil como em outros países.”

     

    *Sob supervisão de Elis Franco

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