CNN Líderes: Presidente da Riachuelo detalha plano de reabertura de lojas
Em entrevista a Raquel Landim, Flávio Rocha diz que a pandemia trouxe lições que vão mudar a estrutura da empresa, que inicia reabertura gradual na sexta (27)
O CNN Líderes analisa os desafios do setor de varejo que, após o período de isolamento em todo o país, se prepara para a reabrir as portas. As empresas que começaram o ano com resultados fracos, encaram o desafio de se manter em pé, nos tempos da crise provocada pelo coronavírus.
A analista de economia Raquel Landim entrevista Flávio Rocha, presidente do conselho de administração da Guararapes, responsável pelo controle da rede de lojas Riachuelo. A empresa tem hoje 320 lojas, com 40 mil colaboradores, sendo a décima quinta empregadora no país.
Após colocar 12 mil empregados das unidades industriais em férias coletivas, a Riachuleo prepara a retomada das atividades, a partir desta sexta-feira (24).
Flávio Rocha detalhou, com exclusividade, o plano de ação para a retomada do funcionamento da Riachuelo: “Seguindo orientações das autoridades estaduais, municipais e da Organziação Mundial de Saúde, vamos abrir, gradualmente, apenas nos municípios que têm grande folga em seus sistemas de UTIs, hospitalares, com poucos casos confirmados de coronavírus. Nesta primeira etapa, serão seis lojas do Rio Grande do Sul, interior de Santa Catarina e algumas cidades do interior de Minas Gerais”, disse.
Rocha afirma ainda que, nessa primeira fase, será priorizado o autosserviço. “Com instruções muito severas de higiene, álcool em gel, colaboradores com máscaras… Nesta etapa serão o equivalente a 2% das nossas unidades, que funcionarão em caráter experimental para testes dos protocólos de segurança. Isso vai sendo avaliado até a reabertura de todas as lojas”.
Ainda de acordo com o presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes-Riachuelo, não há previsão, por enquanto, de demissões.
Flávio Rocha diz que a pandemia trouxe lições que vão mudar a estrutura da empresa: “Acredito que todos os países vão tentar construir soluções que dependam menos de tênues ligações entre países. Nós estamos redesenhando todo o nosso sistema produtivo, com vista a uma menor dependência internacional. Isso vai trazer mais agilidade, maior geração de empregos aqui no Brasil. Vamos refazer nossa cadeia, reforçando a parceria com pequenos colaboradores.”