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    CNA repudia pedido ao governo americano de suspensão da carne bovina brasileira

    Em nota oficial, confederação brasileira questiona se associação americana está "desinformada" ou adota uma postura protecionista "sem nenhum caráter sanitário"

    Gustavo Uribe

    Em um tom duro, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) criticou nesta sexta-feira (19) o pedido feito pela NCBA (National Cattlemen’s Beef Association), uma das principais entidades de produtores bovinos dos Estados Unidos, de suspensão da compra de proteína animal do Brasil.

    Em nota oficial, a entidade brasileira questionou se a associação americana está “desinformada” ou adota uma postura protecionista “sem nenhum caráter sanitário”.

    Na semana passada, a entidade americana solicitou a suspensão ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sob o argumento de que é necessário reavaliar a segurança dos procedimentos sanitários adotados pelo governo brasileiro diante de dois casos isolados de vaca louca.

    “Diante deste contexto, entendemos que, ou a NCBA está desinformada ou adota a postura protecionista com viés econômico e sem nenhum caráter sanitário.

    A CNA condena qualquer medida arbitrária que vá contra os pilares do comércio internacional. Assim, repudia a conduta adotada pela entidade americana”, afirmou a confederação brasileira.

    Na nota oficial, a CNA lembra ainda que o Brasil não registra casos de forma típica do mal da vaca louca e ressalta que, ao contrário do Brasil, os Estados Unidos apresentaram três casos típicos da doença em 2003, 2005 e 2012.

    “Em relação aos casos atípicos da vaca louca, o Brasil cumpriu todos os trâmites exigidos pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), que não notificou o Brasil sobre qualquer ação irregular cometida pelas autoridades sanitárias nacionais”, afirmou.

    Apesar da pressão de produtores americanos, o governo brasileiro considera pouco provável que os Estados Unidos suspendam a importação de carne bovina in natura do Brasil.

    A avaliação é compartilhada por fontes próximas ao governo americano consultadas pela CNN Brasil, para os quais trata-se de uma questão interna, com poucas chances de êxito neste momento.

    O aumento na compra de carne de outros países estaria incomodando os produtores locais. Até setembro deste ano, segundo dados da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), os Estados Unidos foram o segundo maior importador da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, nosso maior comprador mundial.

    A avaliação feita no Ministério da Agricultura é de que uma suspensão da carne brasileira neste momento é pouco provável diante do aumento da importação do produto pelo governo americano. A pasta afirma que cumpre todas as medidas e protocolos sanitários exigidos para importação de carne.

     

     

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