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    Empresas e autoridades da China incentivam população a gastar mais

    Promoções e descontos tentam amenizar efeitos da crise

    Algumas redes de cafeterias, lojas de eletrônicos e até mesmo governos das províncias da China estão oferecendo promoções, reduzindo os preços e distribuindo milhões de dólares em cupons de desconto, para reativar uma economia afetada pelas restrições de movimento no combate ao coronavírus.

    A GOME Retail Holdings Ltd e a Suning.com Co Ltd planejam distribuir mais de 620 milhões de iuanes (US$ 88 milhões) em vouchers, enquanto a Alipay, do Alibaba Group Holding Ltd’s, dará 10 milhões de códigos de descontos para 10 mil varejistas em seu aplicativo.

    A JD.com Inc disse que a partir desta quinta-feira (26) distribuirá 1,5 bilhão de iuanes (US$ 212 milhões) em cupons para produtos em várias categorias, como eletrônicos.

    Até a autoridade ferroviária está reduzindo, a partir de hoje, os preços dos bilhetes em até 45%, enquanto governos locais, como os das províncias de Hebei, Zhejiang e Guangxi, estão oferecendo cupons para atrações turísticas, cinemas e lojas.

    “Lançamos algumas ofertas com descontos para consumidores nos últimos dias, na esperança de ajudá-los a voltar à vida normal”, disse uma porta-voz da rede Pacific Coffee, referindo-se a um acordo de café e pão com preço tão baixo quanto 20 iuans (US$ 2,83).

    As promoções refletem a preocupação de que o surto tenha diminuído o apetite do consumidor e possa ter um impacto persistente, mesmo com a queda do número de novos casos transmitidos localmente.

    As vendas no varejo, na segunda maior economia do mundo, encolheram em um quinto em janeiro-fevereiro,em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados do governo. Durante esse período, a China começou a tomar medidas drásticas para conter a propagação do vírus, fechando os transportes e pedindo a milhões de pessoas para ficarem em casa.

    O governo afrouxou as restrições nas últimas semanas, o que está incentivando os consumidores a se aventurarem novamente em shoppings e restaurantes, apesar de preocupações com a segurança no emprego e possíveis cortes salariais provocados por uma economia em dificuldades.

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