Cemig registra lucro líquido de R$ 50 milhões no 2º tri, queda de 97,4% ante 2021
Ebitda da elétrica alcançou R$ 1,80 bilhão, alta de 37,0%, puxado pelos números da Cemig G&T, que subiram 87,0%
A elétrica Cemig reportou no segundo trimestre um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) acima das previsões de analistas da XP Investimentos e do Itaú BBA, devido a melhores desempenhos nas unidades de geração e transmissão (G&T) e trading.
A estatal mineira divulgou na última sexta-feira à noite (12) que obteve um lucro líquido de R$ 50 milhões entre abril e junho, queda de 97,4% no comparativo anual, refletindo principalmente uma provisão pela devolução, aos consumidores, de créditos tributários de PIS/Cofins, no valor de R$ 1,4 bilhão.
Excluindo o efeito da provisão, o Ebitda da elétrica alcançou R$ 1,80 bilhão, alta de 37,0%, puxado pelos números da Cemig G&T, que subiram 87,0%.
Em relatório, a XP classificou os resultados trimestrais da elétrica como sólidos, destacando o aumento de 18,4% na energia faturada, juntamente com uma estratégia bem sucedida de alocação de energia que resultou em maior margem.
Já na distribuidora, o banco disse que o desempenho foi neutro, apesar do cenário de pressões inflacionárias e postergação do reajuste tarifário anual.
O Itaú BBA também destacou os resultados fortes nos negócios de G&T e trading de energia, embora a empresa não tenha fornecido mais detalhes sobre sua estratégia de comercialização e balanço energético.
“Apesar dos bons resultados, vemos a companhia sendo negociada a um valuation mais caro do que seus pares”, escreveu o analista do Itaú BBA, Marcelo Sá.
A ação preferencial da Cemig caía 1%, às 11h53 (horário de Brasília), a R$ 12,30.