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    Campos Neto diz ser necessário ter mais mulheres no quadro de servidores do BC

    Segundo presidente do Banco Central, de 3.372 empregados da instituição, apenas 23% são funcionárias

    Antonio Temóteo, do Estadão Conteúdo

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (31) que um grande desafio para autoridade monetária é incentivar nos próximos concursos públicos a participação e recrutamento de mais mulheres. Segundo Campos Neto, dos 3.372 servidores ativos da autarquia, 23% são mulheres.

    As declarações foram feitas durante o evento “Mulheres e homens construindo um setor público com mais equidade”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Senado Federal e BC.

    “Ao olhar para os quadrados do banco nos deparamos com uma situação que mostra que podemos melhorar quanto à representatividade feminina na nossa casa. A soma de servidores ativos chega a 3.372 pessoas. Desses, 23% são mulheres. Quando olhamos se a proporção está refletida nos cargos de liderança, vemos que até está”, disse o presidente do BC.

    “Mas a balança pende para uma proporção maior de comissionados homens. Temos atualmente 19,4% de mulheres ocupando funções comissionadas. O que nos preocupa é que esse número se mantém estável há muitos anos. Outro grande desafio é incentivar nos próximos concursos a participação e recrutamento de mais mulheres e outras minorias”, completou.

    Segundo Campos Neto, o BC lançou nesta semana um programa de diversidade e inclusão, que se propõe a articular ações de promoção e igualdade de gênero, raça, orientação sexual e outros públicos.

    “O programa quer garantir que o BC seja uma organização mais acolhedora e inclusava a todos os seus colaboradores que se utiliza da diversidade como fonte propulsora de resultados para a instituição. No time de oito pessoas da diretoria colegiada temos duas mulheres que colaboram para melhorar a qualidade das decisões que tomamos porque trazem um olhar diverso ao dos homens”, disse ele.

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