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    Campos Neto: autonomia do BC hoje é inferior ao que foi desenhado em 1964

    Segundo o presidente do BC, quando a instituição foi criada, a autonomia acontecia em mais dimensões

    Anna Russida CNN , Brasília

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autonomia da autoridade monetária, aprovada no Congresso em fevereiro de 2021, é inferior ao modelo pensado em 1964.

    Segundo ele, quando o Banco Central foi criado, a autonomia acontecia em mais dimensões.

    “O BC brasileiro tinha um processo de autonomia pensando em 1964 que é moderno para padrões de hoje. O processo que temos hoje é inferior, em termos de qualidade, ao que foi desenhado lá trás, que tinha autonomia também em outras dimensões”, avaliou Campos Neto em evento virtual de lançamento de um livro em homenagem a seu avô, Roberto Campos, que foi um dos idealizadores da criação do BC na década de 1960.

    “Presidentes e diretores do BC tinham mandados de prazo fixos de seis anos, superiores ao mandato do Presidente da República, que era de cinco anos. Essa autonomia durou por pouco tempo, acabando em 1967. Ele (Roberto Campos) chegou a dizer ao então presidente Costa e Silva que o fim da autonomia era um equívoco, o BC é guardião da moeda. Costa e Silva retrucou: o guardião sou eu”, completou o atual chefe do BC.

    Nos primeiros anos após sua criação, o Banco Central também tinha autonomia na parte administrativa, além das áreas operacional e financeira, como é atualmente.

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