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    Caixa quer criar “superfundo” de investimentos em infraestrutura, diz novo presidente à CNN

    Ideia do executivo é captar recursos do FI-FGTS, de fundos de pensão e de investidores internacionais em um novo veículo de investimento

    Daniel RittnerTainá Farfanda CNN Brasília

    O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, planeja a estruturação de um “superfundo” de infraestrutura para investir em projetos do Novo PAC.

    A ideia do executivo é captar recursos do FI-FGTS, de fundos de pensão (principalmente de empresas estatais) e de investidores internacionais (como fundos soberanos e de private equity) em um novo veículo de investimento gerido pela Caixa.

    Para ele, esse “superfundo” poderia ter até R$ 300 bilhões a R$ 400 bilhões e converter-se em um dos principais instrumentos de financiamento do Novo PAC — o trilionário programa de infraestrutura lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agosto.

    “Não existe um ambiente mais propício para se fazer aplicação de longo prazo do que a própria Caixa”, disse Vieira à CNN, antes de sua posse no cargo, acrescentando que levará essa proposta para a área econômica do governo.

    De acordo com o novo presidente, um dos maiores desafios para a criação de um “superfundo” com esse porte é mitigar o risco cambial. Por isso, uma possibilidade aventada por Vieira é hospedar o novo veículo de investimentos no exterior, em moeda forte.

    O FI-FGTS, fundo de investimento formado com recursos do FGTS, tem um valor patrimonial de aproximadamente R$ 22 bilhões e participações acionária em grandes empresas, como a companhia de saneamento BRK Ambiental e a operadora de ferrovias VLI.

    Vieira lembra que os fundos de pensão de funcionários das estatais – como Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa) – têm ativos que correspondem a 14% do PIB brasileiro.

    A esses recursos, segundo o executivo, podem se somar captações junto a investidores internacionais e até o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    O Novo PAC prevê R$ 1,7 trilhão em investimentos. Os recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões e as empresas estatais devem entrar com outros R$ 343 bilhões.

    A maior parte do que está previsto viria de financiamentos, com R$ 362 bilhões, e de aportes do setor privado, com R$ 612 bilhões.

    Por isso, em tese, as oportunidades para um “superfundo” voltado aos projetos de infraestrutura apontados como prioritários pelo governo.

    Quem é Carlos Antônio Vieira?

    Paraibano, economista de formação e servidor de carreira da Caixa há mais de 30 anos, Vieira já foi diretor-presidente da Funcef e secretário-executivo do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff (PT).

    Ele também presidiu a BRB Financeira (ligada ao Banco de Brasília) e o conselho de administração da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

    Vieira foi indicado pelo PP do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), após meses de negociações com o Palácio do Planalto para a sucessão de Rita Serrano na presidência da Caixa.

    Veja também: Centrão aumenta pressão por vice-presidências da Caixa

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