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    Caixa adia novamente o IPO da Caixa Seguridade

    A expectativa era levantar algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões com a operação. O motivo da suspensão é "a atual conjuntura de mercado"

    Natália Flach, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Não vai ser desta vez que os investidores poderão investir na Caixa Econômica Federal. O banco divulgou, nesta quinta-feira (24), que vai adiar novamente a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua unidade de seguros, a Caixa Seguridade. A expectativa era levantar algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões com a operação.

    De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o motivo para a suspensão é “a atual conjuntura de mercado”. “A Companhia comunicará oportunamente ao mercado
    qualquer evolução dos assuntos relacionados à potencial. Oferta e à sua admissão e listagem no Novo
    Mercado.”

    Em março, o presidente Pedro Guimarães e demais diretores estavam prontos para começar uma série de viagens (roadshow) para apresentar a tese de abertura de capital a bancos e family offices quando a pandemia do novo coronavírus acabou adiando os planos dos executivos. Mas, no fim, não foi de todo ruim para a instituição.

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    Nos meses seguintes, a Caixa foi responsável pelo repasse do auxílio emergencial a quase 65 milhões de brasileiros — iniciativa que fez com que muitos deles tivessem, pela primeira vez, uma conta em banco. Não há qualquer custo para os clientes e, portanto, em teoria, não há qualquer benefício para a Caixa.

    Mas só em teoria. A ideia da instituição é passar a vender microsseguros, a partir de R$ 5, para essa fatia da população que até então estava alijada do sistema financeiro. Isso, sim, rentabilizaria as contas, principalmente porque muitos dos 65 milhões de beneficiários são profissionais autônomos e que podem se interessar por algum tipo de proteção.

    Outro produto que também está pronto à espera do melhor momento é cartão de crédito — com implicações positivas para a subsidiária de cartoes da Caixa que também está (ou estava) na fila para fazer IPO.

    A Caixa não é a primeira a suspender a sua oferta nesta semana. Na quarta, o banco de investimentos BR Partners também comunicou o mercado da sua decisão de adiar o IPO. O motivo foi o mesmo: volatilidade dos mercados.

    Resta saber se as demais companhias que estão na lista de abertura de capital vão seguir com os planos ou vão preferir esperar por uma janela maior de oportunidades.

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