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    Caio Paes de Andrade pede saída e interino pode assumir Petrobras nesta quarta

    Atual presidente da petrolífera foi convidado para assumir secretaria no governo de São Paulo, mas pode receber bônus sobre os lucros de 2022

    Pedro Duranda CNN no Rio de Janeiro

    Uma reunião virtual foi aberta nesta terça-feira (3) para avaliar a saída do presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade.

    Até as 09h da manhã desta quarta-feira (4), os membros do Conselho de Administração devem decidir se o atual chefe da petrolífera sairá com direito ao bônus milionário sobre os lucros de 2022 ou não. A tendência é de que eles aprovem o pagamento.

    Com a saída para assumir a Secretaria de Gestão no governo de Tarcísio Freitas (Republicanos), em São Paulo, Andrade deve passar o bastão para um diretor, que assumirá interinamente a presidência até a chegada do indicado pelo novo governo.

    O mais cotado para isso é João Henrique Rittershaussen, diretor de Desenvolvimento da Produção. O mesmo já tinha acontecido com a saída de José Mauro Coelho, que deu lugar a Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção.

    Coelho passou um mês comandando a Petrobras, até que de fato apresentasse sua renúncia, deixando o posto com um interino até o fim dos trâmites.

    O primeiro teve o aviso de sua demissão no último dia 23 maio, e o segundo assumiu a companhia em 28 de junho.

    Indicação do novo governo

    O Ministério de Minas e Energia enviou, nesta terça-feira (3), um comunicado para o Conselho de Administração da Petrobras avisando que o senador Jean Paul Prates (PT) será indicado para assumir o comando da petrolífera.

    A indicação formal, no entanto, não foi oficializada ainda. Segundo a pasta, ela depende de ‘trâmites na Casa Civil da Presidência da República’.

    Senador pelo Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates já tinha sido escolhido para assumir o comando da Petrobras.

    Ele inclusive participou de pelo menos três reuniões com o alto escalão da estatal com a presença de Paes de Andrade.

    A troca, no entanto, não é simples: precisa necessariamente da checagem de antecedentes de Prates e duas eleições. Uma para conduzi-lo oficialmente ao cargo de conselheiro da petrolífera e outra para torná-lo presidente.

    Para que isso aconteça, a saída de Paes de Andrade precisa ser formalizada.

    O problema é que, dos dez membros que restariam com a saída dele, metade passou a integrar o colegiado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), incluindo o presidente Gileno Gurjão Barreto, que foi subordinado de Andrade na Secretaria de Desburocratização.

    O convite aceito por Paes de Andrade foi para comandar a Secretaria de Gestão e Governo Digital no estado de São Paulo, criando uma plataforma semelhante ao gov.br, idealizada por ele na esfera federal.

    Interlocutores de Tarcísio disseram à CNN que não há plano B e, portanto, o governador estaria disposto a esperar o tempo que fosse necessário para que Andrade se mudasse para a capital paulista e assumisse o posto.

    A CNN também apurou que, mesmo antes de sua oficialização no cargo, pessoas que devem integrar a equipe dele já estão representando o futuro secretário em reuniões e começando os trabalhos.

    Em fato relevante divulgado ao mercado, a Petrobras diz que “a indicação, após efetivada, será submetida ao processo de governança interna, observada a Política de Indicação de Membros da Alta Administração, para a análise dos requisitos legais e de gestão e integridade e posterior manifestação do Comitê de Elegibilidade, nos termos do artigo 21, §4o, do Decreto 8.945/2016, alterado pelo Decreto 11.048/2022”.

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